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Nadaf afirma que Marcel de Cursi tinha conhecimento de esquema investigado pela Operação Seven

28 Set 2016 - 15:00

Da Redação - Lázaro Thor Borges/ Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia Teixeira / Olhar Direto

Pedro Nadaf

Pedro Nadaf

O ex-secretário Pedro Nadaf, que foi ouvido na tarde desta quarta-feira (28) em ação penal oriunda da “Operação Seven”, relatou a juíza Selma Rosane Arruda que o ex-secretário Marcel de Cursi tinha conhecimento do esquema que deveria desviado cerca de R$ 7 milhões dos cofres públicos do Estado. 


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A “Operação Seven” investiga fraudes no Intermat, cujos danos aos cofres públicos ultrapassariam R$ 7 milhões. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa teria sido responsável pela elaboração de um laudo de avaliação econômica da área vendida (objeto da investigação) mesmo sem competência técnica para tal.

Dos três ouvidos hoje, dois poderão revelar informações importantes sobre o suposto esquema. Principalmente Pedro Jamil Nadaf que apresentou à justiça nova postura nas ações penais em que figura como réu. Agora colaborador, poderá trazer luz aos supostos procedimentos técnicos escusos usados para ludibriar o Estado mediante compra duplicada.

Também poderá admitir sua participação no esquema o ex-presidente do Intermat, Afonso Dalberto, responsável por realizar delação premiada que apontou dados e provas suficientes para desencadear a “Operação Sodoma 4”, na última segunda-feira (26).

Já Cláudio Takayuki Shida, embora figure como réu de menor importância no suposto esquema, teria sido responsável por um dos pareceres da Sema realizados em benefício do esquema criminoso, ciente do que se tratava. O réu acompanha a todas as audiências realizadas na Sétima Vara Criminal.

Acompanhe:

18h30 -
 O MPE questiona o réu citando trecho em que próprio havia admitido que propôs a recategorização da terra a fim de acelerar o processo fraudulento.

Ele demonstra inconsistência em suas afirmações durante o interrogatório. Aparenta estar nervoso.

O réu nega que a recategorização da terra tenha por objetivo acelerar a fraude.

17h55 - Neste momento está sendo ouvido Cláudio Takayuki Shida

17h48 -
 Encerrado o interrogatório de Pedro Jamil Nadaf.

17h36 -
Marcel fazia as operações financeiras e dava legalidade ao esquema. Arnaldo dava legalidade orçamentária ao esquema. Francisco Lima dava tramitação legal aos documentos da fraude, incluindo pareceres. Nadaf fazia a ligação entre essas pessoas, a pedido de Silval.

"Nem todos os casos eu tive participação. Mas foram muitos casos políticos e compromissos políticos que eu participei", afirma.
José Cordeiro era pessoa ligada à Silvio César Corrêa Araújo, ambos tinham ligação direta com o governador e cuidavam dos contratos e das licitações, diz Nadaf. 

17h32 - Pedro Nadaf evita responder perguntas sobre Silval Barbosa, preferindo o silêncio. Apenas nega que tivesse entregado qualquer dinheiro ilícito à ele, neste processo.

17h13 - 
“Ele tinha conhecimento”, afirma Nadaf sobre Marcel de Cursi e o retorno ilícito de valores através da compra fraudulenta do terreno.

17h10 - 
“Quero deixar registrado que farei a devolução ao erário público”, afirma Nadaf. Ele admite que cerca de R$ 500 mil teria sido embolsado por ele.

17h07 - 
Nadaf narra que Silval Barbosa possuía R$ 1,5  milhões em dívidas políticas. Com o que sobrou, foram pagas diversas dívidas políticas, tal como a extorsão do jornalista Milas e pagamentos a um buffet. “Francisco Lima fez pagamentos para não sei que pessoas…”, diz. 

17h01 - 
Com autorização de Silval, Nadaf procurou Afonso Dalberto, da Intermat, para que ele desse início ao processo de desapropriação da terra em questão. Em reunião a situação foi definida. “Eu ficaria encarregado de junto com Marcel (de Cursi) cuidar dos recursos financeiros”. Na ocasião foram designadas as funções que cada membro teria no esquema de fraudes, narra Nadaf. O que, em tese, configura formação de organização criminosa.

16h59 - 
“Francisco Lima ia cuidar da tramitação dos documentos nas secretarias”, diz Nadaf. Ele afirma que Marcel de Cursi teve participação no esquema fraudulento. Lembrando que Cursi não é réu nesta ação penal.

16h57 - 
Nadaf confirma que a denúncia “é verdadeira”. Todavia adverte que determinados trâmites da desapropriação da terra não contou com sua atuação. “Nós tínhamos que arcar com alguns compromissos político-financeiros”, admite. Lotado na Casa Civil, Francisco Lima Filho teria trazido a sugestão do procedimento fraudulento para obtenção dos R$ 7 milhões. “Ele havia nos colocado que havia uma área em procedimento legal e que o Estado tinha necessidade dessa desapropriação”. Citou que essa demanda foi levada à Francisco Lima por José Lacerda. Nadaf diz que só depois que estourou a operação policial que soube que o dono do terreno era cunhado de Francisco Lima.

15h49
 - O interrogatório de Pedro Nadaf é iniciado. 

15h54
 -  Sobre a aquisição do terreno, objeto da Seven, Afonso dispara. “O processo é irregular do começo ao fim”. 

15h41 - Ao MPE, o réu esclarece que o processo partiu da SEMA e não do Intermat. Também admite que nunca houve procedimento semelhante de compra de terreno naquela pasta. Ele nega ter verificado divergências nas matrículas do terreno.

15h35 - “Não tenho nada a esconder, o que tinha que fazer eu fiz. Errei. E o que tinha para devolver ao Estado eu devolvi”, afirma. Questionado, diz que foram R$ 579 mil devolvidos ao erário público.

15h32
 -  Ele nega ter tido contato com Filinto Corrêa da Costa. Já José Jesus Nunes Cordeiro teria sido responsável pela avaliação. “Ele falou que uma parte restante [dos R$ 7 milhões]  foi para pagar dívidas do Silval. Ouvi dele lá [no CCC]”.

15:26
 - Eu sai dali meio angustiado”, afirma Afonso. “A situação sua é que vamos pagando isso aqui é sua parte é R$ 500 mil. Nesse momento eu decidi pagar, mesmo sabendo….”, diz fazendo referência ao diálogo que teve com o então procurador Francisco Lima Filho. Questionado, confirma que recebeu os R$ 500 mil como sua parte no esquema fraudulento, divididos em duas vezes de R$ 250 mil entregues por Pedro Nadaf. Ele diz que quem conversou com ele sobre os R$ 500 mil foi exclusivamente Francisco Lima Filho. “A sua parte é R$ 500 mil”, teria afirmado o citado.

15h21 
- Posteriormente, narra Afonso Dalberto, ficou sabendo que uma avaliação havia sido feita pela SAD. “Alguém da Casa Civil me ligou e eu fui para lá. Lá estava o governador, Chico Lima e Pedro Nadaf”. Nesta ocasião que ele afirmou que a Intermat não possuía dinheiro “nem para o café”, fazendo referência a falta de estrutura da pasta para realizar estudos naquela Natureza. “Pode deixar que isso nós resolvemos”, teria ouvido como resposta.

15h18 - Ele confirma as acusações do MPE. Filinto Muller deu entrada na SEMA com pedido de indenização por uma área de 721 hectares. Afonso Dalberto afirma que a princípio a Secretária de Cidades faria o estudo técnico do terreno, o que não foi feito, sendo repassado para a Intermat. Ele admite que não possuía condições técnicas de executar a avaliação da terra, incluindo o domínio de georreferenciamento.
 
15h10 - 
Começou a audiência. O primeiro a ser ouvido é o réu e delator Afonso Dalberto


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