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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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OPERAÇÃO SEVEN

Silval chama confissão de Nadaf de “absurda” e nega reunião para pagar dívidas de campanha; veja vídeo

03 Out 2016 - 14:00

Da Redação - Lázaro Thor Borges/ Reportagem local - Paulo Victor Fanaia

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Silval da Cunha Barbosa

Silval da Cunha Barbosa

Está marcada para às 13h30 desta segunda-feira (03), na Sétima Vara Criminal, no Fórum da Capital, a audiência que interrogará o ex-governador do Estado, Silval da Cunha Barbosa, o procurador aposentado do Estado, Francisco Lima Filho (vulgo “Chico Lima”), além do ex-secretário de Planejamento de Silval Barbosa (PMDB), Arnaldo Alves de Souza Neto. O rito será conduzido pela magistrada Selma Rosane Arruda e marca o final do processo de instrução e julgamento da ação oriunda da “Operação Seven”.


A “Operação Seven” investiga fraudes no Intermat, cujos danos aos cofres públicos ultrapassariam R$ 7 milhões. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa teria sido responsável pela elaboração de um laudo de avaliação econômica da área vendida (objeto da investigação) mesmo sem competência técnica para tal.

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Silval Barbosa seria ouvido na última sexta-feira (30), mas teve seu interrogatório adiado por compromissos do juízo e por conta da oitiva do réu Wilson Gamboji Pinheiro Taques, ex- Secretário Adjunto de Mudanças Climáticas durante a gestão Silval. O réu fez longa exposição de sua tese de defesa, o que tomou toda a tarde. Ele é acusado de ter facilitado a emissão de parecer técnico favorável a execução do esquema criminoso.

Siga aqui o andamento do interrogatório do ex-governador e dos demais réus que serão ouvidos hoje. 

Acompanhe:

16h16 - Selma Arruda redesigna audiência com Chico Lima para o dia 10 de outubro, às 14h30. 

16h13 - Questionado se gostaria de dizer algo mais, Silval nega e a magistrada Selma decreta que a audiência está encerrada.

16h12 - 
À respeito da afirmação feita por Afonso Dalberto de que temia a família Silval, o réu avalia. "Classifico aquilo como absurdo. Tenho pelo Afonso o maior respeito e não sei até como tanto tempo que trabalhei no Intermat, quero relatar, que um dia ele chegou no meu gabinete desesperado, chorando. Porque ele tem problemas de saúde e alguma coisa com a filha e eu tinha essa intimidade com ele, e disse 'calma, tudo isso passa'. Ele disse, 'não, não é isso, estou sendo ameaçado na Intermat por causa de uma terra que tenho em Rosário Oeste". "Nunca tive desentendimentos com nenhuma dessas pessoas que hoje me imputam [crimes]", relata o ex-governador. 

16h09 - 
À defesa de Arnaldo, Silval diz que é "muito comum" que sejam feitos pedidos de suplementação orçamentária. Nenhuma defesa fez qualquer outra pergunta.

16h06 - 
O promotor Marcos Bulhões questiona como funciona o processo de autorização de pagamento. Silval diz que as secretarias tem autonomia para isso. Especificamente sobre a compra de área, Silval diz que isso vem como demanda e que seu trâmite é normal dentro de uma secretaria. Em seguida eles vão para Casa Civil demandando o recurso.Silval nega ter conversado com Francisco Lima Filho sobre o fato de o dono da área ser seu cunhado.Sobre os R$ 150 mil a Alan Malouf, o promotor questiona se Silval sabe de alguma pendência com ele, Silval nega.

16h06
- O MPE passa a fazer as perguntas.

16h05 - "Eu assinei decreto para compensação, a partir daí não sei quem deu ordem ou deixou de dar ordem"

16h00 - 
Ele faz sua alegação com base no depoimento de Filinto Corrêa da Costa, de que teria ele devolvido R$ 2,5 milhões ao grupo criminoso. Silval cita afirmações de Pedro Nadaf e Afonso Dalberto, que disseram terem ficado com R$ 1 milhão. Cita Alan Malouf que teria ficado com R$ 150 mil e Chico Lima, que teria ficado com R$ 1,35 milhão. "Somando aí onde é que você encontra R$ 1,5 milhão para dívida de campanha minha? É absurdo", afirma. "Pedro não pagou campanha nenhuma minha", afirma Silval.

15h57 - 
Silval diz que afirmar que fez reunião e chamou Pedro Nadaf para dizer que precisava de R$ 1,5 milhão para pagar dívida "é um absurdo", adjetiva.

15h54 - 
"Venho me defender para mostrar à senhora, ao MPE e à imprensa e dizer que não tenho participação nenhuma. Algumas contradições aqui chegam a beira do absurdo", diz Silval. 

15h53 - 
"Eu não autorizei ninguém a fazer reunião para pagar dívida de campanha, eu não autorizei Afonso Dalberto a fazer autorização para pagar desapropriação, nem fiz reunião com Pedro Nadaf para falar pagamentos de dívidas aqui e ali", afirma Silval. 

15h52 - 
"O que aconteceu, senhor Silval, que o senhor veio parar aqui?", pergunta a juíza.

"Estou aqui por causa da denúncia", responde o ex-governador. E sobre a denúncia, já adianta: "Não participei de absolutamente nada".

15h50 -
O ex-governador diz que as acusações feitas contra ele pelo MPE são "falsas"

15h45 -
Silval comparece ao interrogatório. O ex-governador não permitiu que a imprensa fizesse imagens suas. 

15h44 -
Na audiência, o advogado João Cunha, afirma que o Centro de Custódia da Capital tem impedido o seu cliente, Chico Lima, de tomar alguns remédios para pressão e contra a diabetes. 

15h39 - 
“O quadro dele é estável, muito embora inspire riscos porque a fibrilação pode conduzir inevitavelmente a este tipo de transtorno, ou a um acidente vascular cerebral ou a um infarto e as condições do Centro [CCC] não permitem a aplicação desta medicação intravenosa para o controle da enfermidade”, diz João Cunha sobre os problemas de saúde de Chico Lima

15h37 - 
“Não tem nenhuma prova que ele tenha se favorecido pessoalmente nisso, muito pelo contrário. Tanto é que não há nada no processo que diz que ele [Chico Lima] recebeu valores. Ele não ocultou valores, lamentavelmente o depoimento do doutor Filinto Correa da Costa esclareceu que ele insistiu para que o Francisco o auxiliasse nisso”, defende o advogado. 

15h26 - 
“O procurador Francisco Lima foi recambiado para Cuiabá na sexta e deu entrada no CCC. E ontem esteve se queixando de dor, mas hoje pela manhã a enfermagem do Centro de Custódia constatou que ele fazia fibrilações fortes e como essas “fibrilações” são muito perigosas porque podem induzir a acidente vascular cerebral e até mesmo infarto ele foi pela própria direção do presídio levado até uma unidade hospitalar que é um hospital que já o atendera anteriormente” explica o advogado João Cunha


Advogado João Cunha falou sobre a ausência do procurador aposentado Chico Lima no interrogatório. 

15h16 -
Interrogatório do ex-secretário de Planejamento é encerrado. O procurador do Estado aposentado, Frnacisco Lima Filho, conhecido como Chico Lima, não vai depor na tarde desta segunda-feira (03). A informação é de que Chico Lima foi levado para o hospital por conta de um problema de saúde.

Após um intervalo determinado pela juíza Selma Rosane Arruda, o ex-governador Silval Barbosa será ouvido. 

15h13 - 
Arnaldo Neto diz que não foi o ordenador de despesas na época dos fatos narrados na denúncia, e sim o então presidente do Intermat, Afonso Dalberto.

14h58 - 
Questionado se conhece os réus desta ação diz que conhece Pedro Nadaf e também Marcel de Cursi, para o riso contido dos presentes, já que Cursi não é réu nesta ação, mas é réu em tantas outras.

14h53 - 
A emissão de decretos de autorização de transferência de recursos é "automática", é "rápida", é uma "metralhadora", explica o réu. 

14h51 - 
Neste momento ele lembra as conquistas que teve no poder público, como o Mato Grosso Integrado, parte do VLT e equação da dívida do Estado.

14h49 -
Ao ser questionado sobre a destinação do recurso o réu afirma que não só não sabe como também "não tem necessidade nenhuma de saber". 

14h47 - 
Neste momento o réu explica como funciona o sistema de remanejamento de orçamento. Diz que isso pode ser feito sem previsão na Lei Orçamentária Anual e que uma vez feita, o secretário que enviou o recurso não fica sabendo do destino da verba. Razão pela qual ele não sabe afirmar à que serviria os R$ 7 milhões em questão.

14h36 - 
Especificamente, diz que não se lembra do procedimento de autorização dos R$ 7 milhões para a fraude apontada pelo MPE. 

14h32 - 
Em seguida ele explica que sua vida era autorizar despesas, e encena ordens de alguém dizendo 'autoriza R$ 10 milhões para isso, R$ 20 milhões para aquilo, R$ 30 milhões para a Assembleia'. "É o dia inteiro isso, você não tem ideia", conta. 

14h31 - 
Aos prantos, conclui sua apresentação. "Estou disposto a responder qualquer coisa que for preciso". Questionado pelo MPE, diz que "com toda sinceridade", o pedido de despesa de R$ 7 milhões para compra do terreno era "só mais um entre outros mil processos".

14h30 - 
Apesar disso, Arnaldo garante que não ordenou nenhuma despesa.

"Me senti bastante chateado com isso pois passei 20 anos pelo Estado e não tive nada que desabonasse minha conduta", afirma e chora. "Não tenho nada em minha conta particular que seja propriedade de alguém", diz.

14h26 - 
"Eles mandaram publicar o projeto no dia 29 pois sabiam que ainda não havia sido concluída a Lei Orçamentária Anual", explica o réu.

14h22 - 
Ele atribui ao governador o poder de autorizar a criação de créditos de suplementação. Sobre o sistema de dados que usava no cargo, diz que foi desenvolvido durante a gestão Blairo Maggi e tinha por objetivo facilitar o processo. Lembra que esse processo pode inclusive ser acompanhado on-line pela população.

14h14 - Durante o depoimento, enquanto narra a sua trajetória política e profissional no Estado, Arnaldo Souza Neto chora e interrompe o depoimento com os olhos cheios de lágrimas. "Me assusta quando vejo nas notícias disso que está acontecendo", pois, alega, o sistema é infalível e impossível de ser corrompido. "O processo é transparente demais", afirma. 

14h10 - 
Ele vive desde os anos 80 em Cuiabá e no poder público atuou entre 2003 e 2014. Hoje ele é assessor de gabinete do senador Cidinho, suplente que substitui o ministro da agricultura Blairo Maggi.

14h08
- "A denúncia é falsa", Arnaldo afirma. 

14h07 - O primeiro a ser ouvido é o ex-secretário de Planejamento de Silval Barbosa (PMDB), Arnaldo Alves de Souza Neto. 

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