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ENTREVISTA ESPECIAL

Ex-governador Silval diz lamentar sua gestão marcada por corrupção e culpa ex-secretários; veja vídeos

04 Out 2016 - 11:12

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Silval da Cunha Barbosa

Silval da Cunha Barbosa

Ao final da audiência em que foi interrogado sobre o esquema da “Seven”, ex-governador Silval da Cunha Barbosa - reclamou sobre as imputações feitas a ele pelo ex-chefe da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf. Enquanto aguardava o agente penitenciário lhe encaminhar para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), na segunda-feira, 3, também aproveitou para explicar o suposto medo que o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto, sentiria para com a “família Barbosa”. Ainda, lamentou que que tenham ocorrido "episódios que marcaram a administração". A audiência ocorreu entre 14h e 17h, na sala da Sétima Vara Criminal e foi conduzida pela magistrada Selma Rosane Arruda.


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“Eu ouvi os áudios dos depoimentos, Pedro fala que teve R$ 3,5 milhões, acho que ele olhou no processo, o dono da área desapropriada disse que retornou R$ 2,5 milhões. Um ou outro está... já está errado devolver dinheiro para secretário e aí (o processo) é marcado de contradições. Um fala que passou dinheiro para outro, um fala de uma dívida que eu não tenho. Eu atribuo isso às pessoas que querem se livrar de uma pena, ou se livrar da cadeia, vem um, confessa, outro delata e atribui a mim coisas que não fiz. O que estou fazendo é me defender”, afirmou. 
 

Questionado se insiste na tese de que seu nome tenha se tornado senha para que réus se livrem da prisão, ele avalia. “Todos que fizeram (confissão ou delação) hoje estão fora. Existe legislação para isso. O que me deixa magoado e triste é que já faz um ano, vai para um 1 ano e 1 mês que estou preso e o processo marcado por contradições”, afirma Silval. Em seguida, ele passa a avaliar sua “ex” amizade com o ex-Intermat, Afonso Dalberto. 
 

No trecho seguinte, Silval Barbosa fala que “confiou” em seus ex-secretários, mas admite que alguns deles cometeram crimes em sua gestão, embora negue que ele mesmo os tenha.
 

Por fim, Silval Barbosa é questionado por Olhar Jurídico se, jurando inocência e admitindo ilícitos e acusações supostamente falsas vindas de diversos ex-secretários, crê que “roubaram em suas costas”. O ex-governador responde e conclui: "Lamentávelmente ocorreram estes episódios aí que marcaram minha administração".  
 
 
A “Operação Seven” investiga fraudes no Intermat, cujos danos aos cofres públicos ultrapassariam R$ 7 milhões. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), a organização criminosa teria sido responsável pela elaboração de um laudo de avaliação econômica da área vendida (objeto da investigação) mesmo sem competência técnica para tal.
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