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SÉTIMA VARA CRIMINAL

Justiça define data para possível confissão de ex-deputado José Riva em 15 ações por corrupção

05 Out 2016 - 11:51

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

José Geraldo Riva

José Geraldo Riva

A juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, atendeu ao pedido do ex-deputado José Geraldo Riva e autorizou novo interrogatório para atender a 15 ações penais. Elas versam sobre peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, contendo em apenas uma delas a imputação de desvio de R$ 2.254.642,09 da Assembleia Legislativa. Ele será ouvido às 15h do dia 13 de outubro. A decisão foi proferida no dia 28 de setembro. Riva poderá, assim como já fez em outras ações penais, confessar seus crimes e revelar fatos novos.


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“Em relação ao requerimento de reinterrogatório do acusado, tendo em vista que a defesa afirmou que ele pretende esclarecer alguns fatos que não foram por ele elucidados quando da realização de seu primeiro interrogatório, é imperioso o deferimento do pedido, em observância aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”, consta dos autos.

Com a decisão, José Geraldo Riva será interrogado sobre fatos relativos a 15 ações penais cujos fatos se assemelham ou que versam sobre objetos ou datas semelhantes. Razão pela qual é possível o réu ser ouvido no mesmo dia.

O procedimento de solicitar novo interrogatório tem sido prática comum pela defesa do ex-deputado. Em outras ações, o réu é novamente ouvido e apresenta novas versões sobre os fatos criminosos imputados a ele, ora reconhecendo o dolo, ora atribuindo-o a outros.

Em abril deste ano, José Riva chorou e decidiu confessar ter participado de crimes que lesaram os cofres da Assembléia Legislativa em aproximadamente R$ 10 milhões. Os fatos constam na ação proveniente da “Operação Ventríloquo”. A expectativa é que o ex-deputado volte a confessar possíveis crimes nestes processos.

Em uma das ações, consta que José Geraldo Riva, em conluio com os demais réus, que atualmente respondem por este mesmo fato em outros processos, teriam utilizado de forma fraudulenta a empresa M.T. Nazareth ME, que estava com suas atividades encerradas desde 1994, forjando operações desta com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso no valor de R$ 2.254.642,09, com o fim de possibilitar o desvio de dinheiro dos cofres públicos estaduais.

Todas as ações guardam relação com a operação que originalmente revelou os fatos apontados na denuncia, a “Arca de Noé”. A operação investigou e denunciou uma organização criminosa chefiada pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Riva foi arrolado em várias ações sobre suposta lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa. Conforme os autos, as factorings de Arcanjo eram usadas para desviar recursos públicos.
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