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Terça-feira, 25 de junho de 2024

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7ª Vara

Riva irá depor hoje em 15 ações por desvios na AL, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

13 Out 2016 - 08:39

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

José Geraldo Riva

José Geraldo Riva

Será novamente interrogado às 15h desta quinta-feira, 13, o ex-deputado estadual José Geraldo Riva. O rito ocorrerá na sala de audiências da Sétima Vara Criminal, da juíza Selma Rosane Arruda, no Fórum da Capital. Atendendo solicitação do réu, a oitiva será realizada para atender à 15 ações penais que versam sobre peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, contendo, em apenas uma delas, a imputação de desvio de R$ 2.254.642,09 da Assembleia Legislativa. A expectativa é que o político, assim como já fez em outras ações, confesse sua culpa e revele fatos novos.


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“Tendo em vista que a defesa afirmou que ele (Riva) pretende esclarecer alguns fatos que não foram por ele elucidados quando da realização de seu primeiro interrogatório, é imperioso o deferimento do pedido, em observância aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”, determinou a magistrada.

Com a decisão, José Geraldo Riva será interrogado sobre fatos relativos a 15 ações penais cujos fatos se assemelham ou que versam sobre objetos ou datas semelhantes. Razão pela qual é possível o réu ser ouvido no mesmo dia.

O procedimento de solicitar novo interrogatório tem sido prática comum pela defesa do ex-deputado. Em outras ações, o réu é novamente ouvido e apresenta novas versões sobre os fatos criminosos imputados a ele, ora reconhecendo o dolo, ora atribuindo-o a outros.

Relembre:

Em abril deste ano, José Riva chorou e decidiu confessar ter participado de crimes que lesaram os cofres da Assembléia Legislativa em aproximadamente R$ 10 milhões. Os fatos constam na ação proveniente da “Operação Ventríloquo”. A expectativa é que o ex-deputado volte a confessar possíveis crimes nestes processos.

Ações:

Todas as ações guardam relação com a operação que originalmente revelou os fatos apontados na denuncia, a “Arca de Noé”. A operação investigou e denunciou uma organização criminosa chefiada pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Riva foi arrolado em várias ações sobre suposta lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa. Conforme os autos, as factorings de Arcanjo eram usadas para desviar recursos públicos.

Em uma das ações, consta que José Riva, em conluio com os demais réus, que atualmente respondem por este mesmo fato em outros processos, teriam utilizado de forma fraudulenta a empresa M.T. Nazareth ME, que estava com suas atividades encerradas desde 1994, forjando operações desta com a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso no valor de R$ 2.254.642,09, com o fim de possibilitar o desvio de dinheiro dos cofres públicos estaduais.
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