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"São cinco anos terríveis. Eu espero a pena máxima pois foi um crime planjeado, cruel", diz mãe de Maiana

18 Out 2016 - 08:14

Da Redação - Patrícia Neves/ Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia

Começa em instantes nesta terça=feira, 18,   no Fórum de Cuiabá, o julgamento de Rogério da Silva Amorim, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva, que respondem pela morte da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos. 


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O julgamento será realizado quase cinco anos após o crime que chocou Cuiabá. A garota foi morta em dezembro de 2011. A audiência será presidida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.

A mãe da menina, Sueli Cícero Mariano, falou ao Olhar Jurídico na manhã de hoje. "Espero que hoje termine. A gente não aguenta mais. Se a gente fosse de família rica acho que já teria terminado. São cinco anos terríveis. Eu espero a pena máxima pois foi um crime planjeado, cruel, enterraram o corpo, depois ajudou a gente a procurar o corpo. Fez um drama, chorou... espero que seja a pena máxima".
 
Conforme o Ministério Público Estadual, o empresário, e então namorado da vítima, Rogério Amorim, contratou Paulo Ferreira e Carlos Alexandre da Silva para executarem a menor. Na ocasião, ela foi atraída para uma embosca numa chácara, onde a mataram por asfixia e, posteriormente, a enterraram na estrada da Ponte de Ferro, cerca de 15 km de Cuiabá, após Rogério confirmar que era mesmo ela.

A ossada só foi encontrada cinco meses após o desaparecimento. Devido aos requintes de crueldade e pela frieza dos acusados, o caso teve abrangente repercussão midiática e grande comoção popular.

Para o promotor de Justiça do caso, Jaime Romaqueli, as provas são suficientes para a prisão. "O processo é um processo complexo, mas ele tem elementos seguros sobre a participação dos réus, sobre a execução, a participação dos dois, Carlos Alexandre e Paulo, na execução, e mandante, Rogério Amorim. Então as provas são seguras, o Ministério Público vai trabalhar com base nelas", salientou.


Acusados (Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto)

Caso Maiana

Maiana Vilela, 16, desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Segundo o MPE, Rogério deu um cheque de R$ 500,00 para a jovem descontar. Deste valor, R$ 400,00 seriam destinados ao pagamento de um caseiro de uma chácara, o qual ela seria responsável por fazer.

Chegando ao local, entregou o dinheiro a Paulo, contratado por Rogério para matá-la. Após o assassinato, com o auxílio de Carlos Alexandre, colocaram o corpo em um carro e o levaram até o mandante do crime para que reconhecesse o cadáver e comprovasse que a morte da jovem com quem mantinha um relacionamento extraconjugal era um fato consumado.

Posteriormente, o corpo foi enterrado em uma área afastada, na estrada da Ponte de Ferro. E só foi encontrado pelos policiais cinco meses após o desaparecimento.
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