O ex-servidor da Secretaria de Educação, Fábio Frigeri, presta depoimento nesta segunda-feira, 30, na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ao chegar, o ex-servidor prefeiriu não falar com a imprensa.
Frigeri e sua nova advogada, Maria Michelle, chegaram há poucos minutos na sede do Gaeco, instalado no Centro Político Administrativo. O réu deve ser interrogado sobre fatos que ensejaram a abertura de mais três inquéritos abertos dentro da Operação Rêmora, no último dia 10 de janeiro.
O ex-servidor é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ficar com 5% do valor da propina paga por empresários da construção civil de Mato Grosso para que servidores da Seduc-MT fraudassem licitação de obras da pasta em todo estado. Ele nega as acusações.
No suposto esquema, Frigeri atuava como assessor do ex-secretário de Educação Permínio Pinto. Já Guizardi era um dos empresários beneficiários das fraudes nas licitações de obras da Seduc. No acordo de delação firmado com a Justiça, o delator Giovani Guizardi envolveu nome de diversas autoridades do alto escalão político estadual, como o deputado Guilherme Malouf.
Frigeri nega participação no esquema, em depoimento prestado em dezembro do ano passado ele afirmou que não assinará acordo de delação premiada porque "não confia no Gaeco”. O ex-servidor, segundo o próprio Gaeco, pertencia ao núcleo de servidores públicos do esquema. O grupo seria o responsável pelo recebimento da propina paga por empresários do ramo da construção civil de Mato Grosso com o intuito de fraudar licitações de obras da secretaria. A investigação também aponta que o líder do "núcleo dos empresário" era Guizardi.
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