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GRAMPOLÂNDIA

Réu por grampos, coronel Zaqueu desiste de participar de audiência

26 Jan 2018 - 10:15

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino/OlharDireto

Coronel Zaqueu

Coronel Zaqueu

O coronel da Polícia Militar Zaqueu Barbosa não participará da audiência desta sexta-feira (26), às 14h, que sorteará os quatro militares que comporão o Conselho Especial de Justiça, para julgamento dos apontados como atuantes no esquema de interceptações ilegais em Mato Grosso. O rito será coordenado pelo magistrado da 11ª Vara Militar de Cuiabá, Murilo Mesquita.


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"O acusado será devidamente representado por defensor constituído. Outrossim, acolho o pedido de dispensa do comparecimento pessoal para citação, devendo o referido oficial ser citado no local onde se encontra recolhido (Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar), nos termos do artigo 282 do Código de Processo Penal Militar", decidiu o magistrado.

Até o momento, deverão participar da ação Evandro Alexandre Lesco; Ronelson Barros; Januário Batista e Gerson Correa Júnior. 

Conselho Especial de Justiça será responsável por coordenar o rito e a julgar os acusados na esfera militar.

O requisito mínimo para composição da corte é que sejam militares com patentes iguais ou superiores às dos réus. Todavia, como um dos cinco acusados é o Coronel Zaqueu Barbosa, a expectativa é que sejam considerados aptos à eleição os coronéis aposentados da Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT).


Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio  de 2017 que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca.

Eles são apenas alguns dos “monitorados”. O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.

  
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados. Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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