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EX-CHEFE DA CASA CIVIL

Ex-secretário Nadaf culpa tornozeleira eletrônica por desemprego, mas Selma mantém monitoramento

21 Fev 2018 - 15:13

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Olhar Direto

Ex-secretário Nadaf culpa tornozeleira eletrônica por desemprego, mas Selma mantém monitoramento
A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, indeferiu ao apelo do ex-chefe da Casa Civil de Mato Grosso Pedro Jamil Nadaf. Ele pedia a retirada de sua tornozeleira eletrônica, pois a mesma estaria atrapalhando sua procura por emprego. Delator premiado da "Operação Sodoma", Nadaf foi condenado em dezembro do ano passado a 7 anos, dois meses e 27 dias de reclusão por formação de organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro.


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Trata-se de pedido de revogação do monitoramento eletrônico formulado sob a alegação de que está Pedro Nadaf há mais de um ano e dois meses fazendo uso do dispositivo eletrônico e neste período tem cumprido rigorosamente todas as determinações.

Adiante, se queixa. "O uso do aparelho acaba lhe impedindo de refazer sua vida, já que desde que foi solto está tentado insistentemente conseguir emprego e não obtém êxito quando informa que faz uso da tornozeleira eletrônica". 

Não funcionou. A magistrada Selma Arruda indeferiu o pedido, sob o fundamento de "o réu firmou termo de Colaboração Premiada com o Ministério Público Federal, homologado pelo Supremo Tribunal Federal em 10/03/2017, onde prevê diversas cautelares, entre elas o monitoramento eletrônico pelo período de 05 anos".

Assim, interpreta a magistrada que o réu "ao firmar o termo de colaboração premiada concordou com as condições impostas" e não sofre "qualquer prejuízo ou constrangimento", mesmo se tratando de medida "que implica restringir direitos individuais". Ora, "há que se reconhecer que, por afastar o indivíduo do cárcere, o uso da vigilância eletrônica acarreta benefícios, tanto para o Estado, quanto, como é evidente, para o próprio monitorado", conclui o raciocínio.

Quanto à procura de emprego, a magistrada avalia que o uso de tornozeleira eletrônica "não constitui, prima facie, motivo de humilhação e/ou limitação para exercer labor lícito".

Contexto:
 
A juíza Selma Rosane Arruda considerou que, assim como o ex-governador Silval da Cunha Barbosa, Pedro Nadaf foi um dos principais articuladores dos esquemas ilícitos da "Sodoma". A colaboração premiada que firmou ao longo do processo foi considerada “útil” e “eficaz”. Como prêmio, o ex-secretário viu sua pena ser reduzida em 2/3, caindo de 21 anos para 7 anos de reclusão, que serão cumpridos em regime semiaberto, isto é, em liberdade.
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