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Sexta-feira, 26 de julho de 2024

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Investigação

Defesa diz que Arcanjo incomoda e afirma que papel com nome do ex-bicheiro foi forjado

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Defesa diz que Arcanjo incomoda e afirma que papel com nome do ex-bicheiro foi forjado
O advogado de João Arcanjo Ribeiro, Zaid Arbid, afirmou – nesta quinta-feira (02) – que a denúncia anônima que o acusa de ter retornado ao comando jogo do bicho em Cuiabá, além de ter cometido outros crimes não procede. Sobre bilhetes encontrados com o nome dele e de familiares, o defensor acredita que eles tenham sido forjados e avisa: “Ele incomoda muita gente”.


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“Isso é maldade pura. Porque você acha que uma pessoa que passou mais de 14 anos reclusa, se desfez de tudo que fez, vai voar para o passado por conta do jogo do bicho? Vai trocar a liberdade por isso? A única coisa que pode pensar é que Arcanjo seja estúpido e isso ele não é. Não vai voltar para o passado”, afirmou Zaid Arbid, antes da audiência desta quinta-feira.
 
Zaid ainda acrescenta que Arcanjo tem celebrado sua liberdade, acima de tudo e seguido o que foi determinado pela Justiça. Além disto, acrescentou que o ex-bicheiro incomoda, por ser uma pessoa diferenciada.
 
“Vou pela lógica. Se cometesse um ilícito, você deixaria anotado o nome do seu pai, filho ou marido no local do crime. É lógico que foi preparado. Ninguém sai para cometer crime e deixa o nome da família escrito. Penso que quem fez esta maldade subestima a Justiça. Arcanjo precisa e acredita no poder judiciário. Entregou para eles que façam a investigação”, acrescentou.
 
Por fim, o advogado disse que pedirá o que for necessário para descobrir a verdade, que não existe expediente nenhum para embaraçar a investigação e que Arcanjo tem interesse de saber quem tem tanta maldade desta forma: “Existem pessoas que querem mantê-lo longe dos negócios”.
 
Uma denúncia anônima, feita por meio de um documento de três páginas, acusa João Arcanjo Ribeiro de ter retornado ao comando do jogo do bicho em Cuiabá, além de andar com seguranças armados, fazer ameaças de morte a concorrentes e ainda ter ordenado que seus capangas explodissem um veículo.
 
Conforme o documento, enquanto estava preso, Arcanjo daria ordens através de seu genro. Porém, após ser solto, no dia 26 de fevereiro deste ano, retornou ao total comando.
 
Um dos vendedores de jogo do bicho, ainda conforme a denúncia, teria sido ‘convidado’ a ir até o escritório onde Arcanjo trabalha atualmente. Chegando lá, foi obrigado a entregar a máquina de apostas, que foi lançada no chão e destruída.



Ele ainda teria sido advertido que não poderia continuar atuando, já que a ‘Colibri’ seria a dona do mercado. Nesta mesma data, o vendedor teria sido agredido dentro da sala e depois obrigado a sair de carro com algumas pessoas, entre elas um dos seguranças de João Arcanjo.
 
A denúncia também aponta que no dia 26 de junho de 2018, ele teria ordenado que seus capangas explodissem o veículo de um dos seus concorrentes. Este teria sido o primeiro recado, sendo que teria sido avisado que a segunda abordagem poderia resultar em morte, caso a venda de apostas do jogo do bicho não parasse.
 
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) encontrou anotações com o nome de João Arcanjo Ribeiro, durante uma apreensão de 50 máquinas utilizadas para registrar apostas do jogo do bicho, na tarde da última terça-feira (10), em Cuiabá. Na ação, quatro pessoas foram presas e encaminhadas para a delegacia.
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