O juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execução Penal de Cuiabá, negou pedido de Sandro Rabelo, conhecido como Sandro Louco, que buscava pelo relaxamento da prisão, requerendo cumprimento de pena em domiciliar. O réu é conhecido por ser um dos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso, com condenações que superam 200 anos.

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A defesa amparou seu pleito na situação de emergência decretada em virtude da pandemia vivenciada pela proliferação do novo coronavírus (Covid-19).
 
Geraldo Fidelis esclareceu que uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitou aos juízes que considerem a viabilidade de concessão do benefício da saída antecipada dos regimes fechado e semiaberto aos penitentes que pertencerem ao grupo de risco descrito pelo Ministério da Saúde, dentre eles, portadores de doenças graves.
 
Conforme o magistrado, o penitente está inserido na população de risco, pois padece de doença grave (hepatite C). porém, para rejeitar o pedido de prisão domiciliar, o histórico do preso foi citado.
 
Cumpre salientar que o recuperando é condenado definitivo pela prática de crime perpetrados mediante extrema violência e/ou grave ameaça, bem como, possui pena total a ser cumprida de mais de 200 (duzentos) anos".
 
Fidelis citou ainda recente tentativa de fuga,  em março, o que, inclusive, culminou na solicitação, e acolhimento de transferência para o Sistema Penitenciário Federal (Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná).
 
"Em que pese a condição de 'doente' que o recuperando menciona ostentar, a extrema gravidade dos fatos cometidos e o seu comportamento intramuros, se sobrepõe à possibilidade de soltura do mesmo", finalizou o magistrado.