Olhar Jurídico

Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Criminal

Red Money

Justiça mantém prisão de supostos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso

Foto: Reprodução

Justiça mantém prisão de supostos líderes do Comando Vermelho em Mato Grosso
A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, manteve prisões decretadas em face de oito supostos membros da organização criminosa Comando Vermelho (CV-MT). Processo é proveniente da Operação Red Money.


Leia também 
AGU tenta recuperar R$ 163 mil de dívida de ex-deputado com Arcanjo

 
A investigação da operação Red Money apurou grande esquema de lavagem de dinheiro e movimentação financeira por parte do CV-MT, com a utilização de empresas de fachadas, contas bancárias de terceiros e parentes de presos. Os criminosos investigados na operação eram responsáveis, segundo acusação, pela arrecadação financeira e movimentação de R$ 52 milhões, entre entradas e saídas de contas bancárias.
 
Conforme os autos, liberdade foi indeferida em nome de Demis Marcelo, Janderson dos Santos, Paulo Ricardo, Wambastter Olliom, Ulisses Batista, Jonas Souza, Fábio Aparecido e Francisco Soares. Decisão é do final de dezembro.
 
Demis chegou a apresentar pedido de revogação da prisão sob o argumento de que o requerente é hipertenso, o que o coloca no grupo de risco para a Covid-19, juntando aos autos o atestado médico acerca da comorbidade.
 
Na decisão, Ana Cristina salientou que Demis, vulgo “Fusca”, tem posição de liderança na organização criminosa, por ser o responsável pelos cadastros pelas taxas cobradas para o funcionamento das “biqueiras” ou bocas de fumos.
 
Janderson, vulgo “Cawboy”, possui, em tese, posição de liderança na movimentação do tráfico de drogas dentro e fora da Penitenciária Central do Estado. Jonas, em tese, tem papel de liderança dentro da organização e seria responsável pela criação da empresa JL informática Comércio e Serviços, utilizada para movimentar recursos financeiros obtidos de maneira criminosa.
 
Francisco, vulgo “Brasília” ou “DF”, seria, em tese, um dos líderes do núcleo financeiro da Organização Criminosa, tendo movimentado quantia superior a R$ 5 milhões.
 
Ao examinar possível liberdade, a magistrada salientou que envolvimento dos acusados com a organização criminosa já é impedimento à soltura, “porquanto é colocar em risco a sociedade, a credibilidade do Poder Judiciário e, pior ainda, é estimular a prática de delitos da mesma natureza”.
 
“Pode-se concluir que a pandemia que assola o mundo, não é sinônimo de concessão de liberdade indiscriminadamente e não pode ser usada como ‘desculpa’ para soltar presos que além de possuírem históricos de reiteração delitiva, em tese, faz parte de uma complexa, estruturada e perigosa Organização Criminosa, que precisa ser contida e desmantelada”, concluiu a magistrada, negando liberdade.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet