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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Justiça sequestra 23 veículos de luxo avaliados em R$ 2 milhões de associação responsável por roubos em Cuiabá

Foto: Reprodução

Justiça sequestra 23 veículos de luxo avaliados em R$ 2 milhões de associação responsável por roubos em Cuiabá
A Justiça autorizou o sequestro de 23 veículos de luxo avaliados em mais de R$ 2 milhões, que eram usados por organização criminosa investigada na Operação Imperial, deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), em agosto do ano passado. 


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De acordo com a Polícia Civil, os bens móveis constituem objetos indiretos dos crimes investigados, ou seja, itens adquiridos com os proventos dos crimes, sendo o sequestro dos bens medida assecuratória pertinente, que busca assegurar a indisponibilidade dos bens imóveis ou móveis adquiridos pelo agente com o proveito extraído da ação criminosa. 

O delegado titular da DERFVA, Gustavo Garcia Francisco, disse que com a medida busca-se garantir eventual reparação dos danos causados pela organização criminosa, cujos integrantes são acusados de cometer dezenas de roubos e estelionatos na região metropolitana, bem como a necessidade de impedir a deterioração dos bens. 

“Há indícios veementes da proveniência ilícita dos bens apreendidos que, supostamente, foram adquiridos como proveitos dos crimes de roubo e furto de veículos, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Este viés de fortalecimento das investigações financeiras nas unidades especializadas da Polícia Civil atende o plano estratégico da instituição que busca asfixiar a criminalidade organizada, descapitalizando as organizações”, explicou o delegado. 

Na primeira fase, a operação cumpriu 55 ordens judiciais contra o grupo que também atuava em outros crimes correlatos ao roubo de veículos como tráfico de drogas na modalidade escambo (troca de veículos, objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais e outros. 

O objetivo do trabalho, dividido em duas fases, foi atuar na descapitalização e desmantelamento da organização criminosa. Para chegar aos autores e na responsabilização criminal de cada integrante, a delegacia reuniu uma farta documentação durante a investigação e também nas fases da Operação Imperial, quando foram cumpridas 84 ordens judiciais decretadas pela 7ª Vara de Cuiabá, entre mandados de prisões, buscas e apreensões e medidas cautelares diversas contra a organização criminosa, além do sequestro de valores de contas bancárias e investimentos dos investigados.  

Investigação e desarticulação do grupo

A investigação identificou que o grupo criminoso foi estruturado para atuar em três frentes diferentes. Uma era responsável por executar os roubos e providenciar a estrutura para que os roubos fossem efetivados, como locação de residências, emprego de veículos locados e roubados para apoiar outras ações criminosas. 

Durante as investigações, foi apurado que a organização criminosa aluga imóveis em regiões nobres de Cuiabá, geralmente nas proximidades onde ocorrem os roubos, para guarda dos veículos subtraídos.

Estas locações foram realizadas por meio de perfis falsos do WhatsApp, havendo uma engenharia social no sentido de formalizar virtualmente o contrato. 

Outra frente criminosa era responsável pela adulteração dos veículos roubados, que depois eram colocados à venda em sites de comércio eletrônico, e estelionatos praticados pela organização. A terceira frente executava a lavagem de dinheiro.  

Ao longo das investigações que vem desde 2018, o trabalho das equipes da unidade especializada conseguiu apurar o envolvimento de 25 integrantes do grupo em diversos crimes, entre eles em 22 roubos, cinco estelionatos, três usos de documentos falsos, três crimes de falsidade ideológica e ainda lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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