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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Operação Diaphthora

Justiça mantém cautelares contra advogado suspeito de fazer parte de 'gabinete do crime' liderado por delegado

Foto: Reprodução

Justiça mantém cautelares contra advogado suspeito de fazer parte de 'gabinete do crime' liderado por delegado
A juíza Paula Tathiana Pinheiro, da Segunda Vara de Peixoto de Azevedo, manteve medidas cautelares em face do advogado Gefferson Cavalcanti Paixão, alvo da Operação Diaphthora, que desmantelou suposto esquema de corrupção liderado pelo delegado Geordan Fontenelle.


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Gefferson pediu a readequação das medidas cautelares de comparecimento mensal ao Juízo e proibição de frequentar as dependências da delegacia.
 
O alvo apontou que o comparecimento em juízo é algo corriqueiro na profissão de advogado, “de modo que entendemos ser desnecessária e vexatória a apresentação para fins de cumprimento de cautelar”.
 
Quanto ao acesso à delegacia de polícia, Gefferson apontou ser “desnecessária e limitante à própria atuação profissional”, posto que o comparecimento à delegacia, segundo a tese, é algo presente na rotina do advogado, que possui outros clientes e casos que tramitam pela delegacia de polícia de Peixoto de Azevedo.
 
Em sua avaliação, magistrada apontou a ausência de fato novo desde a decisão que impôs o cumprimento das medidas cautelares pelo investigado. “O fato de ele estar cumprindo satisfatoriamente as medidas cautelares destacadas não necessariamente implicam em sua substituição e/ou exclusão – ao contrário, só evita sua segregação”, alertou a juíza.
 
Paula Pinheiro estabeleceu ainda o prazo de 15 dias para que a Autoridade Policial proceda com a extração dos dados do aparelho celular apreendido junto ao investigado.
 
Operação
 

A Operação Diaphthora investigou esquema criminoso liderado pelo delegado no município de Peixoto de Azevedo.
 
 As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.
 
Entre os crimes praticados pela associação criminosa, foi demonstrado no inquérito que o delegado e um investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial. Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.
 
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