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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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alvo de operação

Citado como 'gente nossa', fiscal da Ordem Pública fez doze transações suspeitas que totalizam R$ 223 mil

Citado como 'gente nossa', fiscal da Ordem Pública fez doze transações suspeitas que totalizam R$ 223 mil
Decisão que autorizou a Operação Ragnatela, deflagrada nesta quarta-feira (5) contra suposto núcleo do Comando Vermelho responsável pela lavagem de dinheiro em casas noturnas, identifica doze transações realizadas entre Rodrigo Anderson de Arruda Rosa, agente de Regulação de Fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá, e o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá, Benedito Alfredo Granja Fontes.


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As doze transações, totalizando R$ 223 mil, sugerem, segundo documento, “a venda de algum bem de grande valor entre os investigados ou uma relação financeira obscura”. Rodrigo Anderson de Arruda Rosa chega a ser identificado como “gente nossa”.
 
Ainda segundo os autos, os agentes flexibilizavam a “concessão de licenças e alvarás durante a realização dos eventos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros de forma direta e indireta do grupo responsável pela promoção dos shows”.
 


Investigação que embasou operação identificou que criminosos teriam adquirido uma casa noturna em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.
 
A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos. Foi identificado também que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fosse contratado artista de São Paulo, tendo em vista ser o estado de outra facção, possivelmente, rival da que atua no estado de Mato Grosso.
 
Na operação, foram cumpridos oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.
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