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Sábado, 29 de junho de 2024

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HOMICÍDIOS EM PEIXOTO

Médico é mantido preso por assassinatos após TJ rechaçar teses de saúde e desconhecimento da intenção homicida de mãe

Foto: Reprodução

Médico é mantido preso por assassinatos após TJ rechaçar teses de saúde  e desconhecimento da intenção homicida de mãe
O Tribunal de Justiça (TJMT) refutou a alegação de saúde debilitada e necessidade de tratamento psicológico e manteve a prisão preventiva do médico Bruno Gemilaki, responsável por auxiliar sua mãe nos homicídios que ceifaram a vida dos idosos Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Silva, em Peixoto de Azevedo, no mês de abril. A Quarta Câmara Criminal do TJ também rechaçou a tese de que sua mãe, a fazendeira Inês Gemilaki, foi quem atirou e matou as vítimas e, por isso, Bruno não teria responsabilidade na empreitada. Sessão de julgamento ocorreu na tarde desta quarta-feira (26).


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Defesa de Bruno, na sustentação oral, também argumentou que Inês teria agido em reação às ameaças do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, o verdadeiro alvo da empreitada criminosa. Isso porque, segundo as investigações, o crime teria sido motivado por uma dívida de aluguel que Inês tinha com Enerci. Para se adiantar de uma suposta investida do garimpeiro, Inês decidiu invadir sua casa e assassiná-lo, contando com ajuda de Bruno e Eder Gonçalves.

No julgamento do habeas corpus, ocorrido nesta tarde, a Quarta Câmara Criminal rechaçou os argumentos defensivos e, sob relatoria do desembargador Hélio Nishyiama, apontou que o exame probatório e as alegações serão analisadas durante a ação penal, que já está em curso.

Relator também apontou que, apesar do esforço da defesa, é fato comprovado que Bruno acompanhou a mãe durante todo o crime portando uma espingarda calibre 12.

Nishyiama já havia indeferido, liminarmente, o habeas corpus. Em maio, após a defesa de Bruno insistir nas alegações citadas, inclusive que ele não sabia que sua mãe tinha intenção de matar, o desembargador foi convicto ao anotar que isso não foi comprovado e decidiu mantê-lo preso. Agora, no exame do mérito, o cárcere de Bruno foi mantido.

No dia 21 de abril, Inês e Bruno invadiram uma casa em Peixoto de Azevedo em busca do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, e ela acabou matando Pilso Pereira da Cruz, 69 anos, e Rui Luiz Bogo, 81. Lavall foi atingido, mas sobreviveu. O padre José Roberto Domingos também foi alvejado, mas se safou. No entanto, o promotor de Justiça Álvaro Padilha de Oliveira, que os denunciou, contestou a versão de Bruno.

Naquele dia, Bruno e Inês invadiram a casa particular de Erneci Afonso Lavall, alvo da fazendeira, localizada na rua Thiago Magalhães Nunes, nº 1403, bairro Alvorada. Imagens das câmeras de segurança da residência constataram que o filho acompanhou e deu suporte à sua mãe durante toda empreitada, portando uma espingarda calibre 12.

Embora tenha alegado não saber que Inês tinha intenção homicida, ele a acompanhou em todo momento e, em posse da arma longa, efetuou pelo menos quatro disparos. As marcas dos tiros foram localizadas pela Polícia na residência.

A constatação de que Bruno efetuou os tiros permitiu o Ministério Público concluir, ao aditar a denúncia, que ele deverá responder pelos resultados da empreitada criminosa encabeçada pela sua mãe, na medida de sua respectiva colaboração.

O mesmo vale para Éder Gonçalves Rodrigues. Ele foi quem dirigiu o veículo e também apareceu com arma curta em punho, colaborando para o êxito das execuções.
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