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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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SUPOSTA MOTIVAÇÃO POLÍTICA

MP resolve arquivar inquérito sobre plano de R$ 1 milhão pela "cabeça" de delegado

Foto: Reprodução

MP resolve arquivar inquérito sobre plano de R$ 1 milhão pela
Por falta de provas, o Ministério Público resolveu arquivar o inquérito que investigava supostas ameaças de morte e perseguição contra o delegado e pré-candidato à prefeitura de Brasnorte, Eric Fantin (PL). No dia 19 de junho, Fantin foivítima de atentado em sua própria casa, por um homem que passou atirando diversas vezes no local.


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O inquérito foi instaurado após o delegado noticiar possíveis motivações políticas para ceifar sua vida. Ele denunciou suposta reunião ocorrida na prefeitura de Brasnorte, a qual teria deliberado o pagamento de R$ 1 milhão pela sua cabeça.

Segundo o promotor Jacques de Barros Lopes, que assinou o arquivamento, Fantin alegou que ficou sabendo ‘por informantes’ que havia um plano para mata-lo. Contudo, ele se negou a dizer quem seriam tais informantes, e, portanto, sem provas testemunhais acerca do suposto plano, o Ministério Público não pôde instaurar ação penal sobre o caso.

Fantin também informou que estava sendo perseguido por um vereador e pelo prefeito de Brasnorte, Edelo Marcelo Ferrari (União), o qual figura como seu principal opositor. Contudo, em análise ao processo, o promotor anotou que não há quaisquer elementos que pudessem indicar que os opositores tenham praticado o delito de perseguição contra o delegado.

“Uma vez que não se infere do aludido procedimento que eles tenham perseguido reiteradamente a vítima por qualquer um dos meios descritos no tipo penal, de modo a criar nela uma intensa ansiedade, medo, angústia, isolamento pelo fato de não saber exatamente quando, mas ter a certeza, de que a perseguição acontecerá, abalando-a psicologicamente, impedindo-a, muitas vezes, de exercer normalmente suas atividades”.

Diante da falta de provas sobre as supostas ameaças e perseguições, então, o promotor resolveu pelo arquivamento do inquérito.

Atentado

No dia 19, câmeras de segurança flagraram a casa do delegado sendo alvejada por um suspeito. O atirador se aproxima da casa de Fantin, atira diversas vezes e depois foge. O delegado não estava na residência no momento do atentado.
 
Após o fato, Feltin publicou um vídeo em suas redes sociais dando a entender que o crime tem motivação política. No entanto, ele garantiu que não vai desistir de tentar ser prefeito de Brasnorte.
 
“Esses criminosos estão tentando de todas as formas me fazer desistir, pois eles sabem que a gente vai corrigir tudo que eles fizeram de errado no nosso município. É lamentável que eles coloquem em risco a vida dos meus amigos pra atingir o objetivo que eles querem. Mas, eu não vou desistir”, disse o delegado.
 
Fantin ainda acrescentou que irá fazer uma comunicação ao governo do Estado sobre o atentado sofrido por ele. A autoridade informou que vai solicitar mais segurança à Secretaria de Segurança Pública para reforçar a segurança durante as eleições.
 
O caso foi registrado na Delegacia de Brasnorte e o inquérito policial (IP) instaurado para investigar o atentado, porém, foi arquivado.

Prefeito rebate acusação

O prefeito de Brasnorte, Edelo Marcelo Ferrari (União), rebateu as declarações de seu possível adversário nas eleições deste ano, delegado Eric Fantin (PL), sobre a existência de corrupção na prefeitura e disse que desconhece a autoria do atentado contra sua residência.

Ferrari disse que não tem conhecimento sobre o que aconteceu com Eric e que ficou sabendo do caso apenas pela imprensa.

“Se é verdade ou não, eu não sei, agora essa questão de Brasnorte, dessas corrupções que ele falou, isso não existe. A Prefeitura está bem tranquila enquanto a isso, Portal da Transparência, nunca tivemos apontamento do Tribunal de Contas, está tudo certinho, a nossa equipe graças a Deus é boa e honesta”, destacou em entrevista ao Olhar Direto. 

O prefeito comentou que o delegado não citou o seu nome e nem fez ligação com o crime que aconteceu contra ele, se tivesse feito iria cobrar provas na justiça.

“Ele sugeriu que era um traficante, que não era traficante, e um outro empresário de Brasnorte. Ele sugeriu. Fez um boletim de ocorrência inclusive né? Mas o meu nome não citou e só cita corrupção, que é coisa que não existe também, mas aí então não posso me posicionar contra isso porque ele não citou meu nome, se tivesse citado, com certeza, eu iria processar ele”, disse.
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