A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a prisão preventiva da Magno dos Santos Lima, responsável por matar a facadas Audino de Sá Carneiro, então funcionário de uma loja de eletrodomésticos na avenida 13 de Junho, centro da capital, no dia 24 de abril de 2023. Decisão é do último dia 8.
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A magistrada anotou que a prisão de Magno está condicionada à realização de incidente de insanidade mental, cuja perícia está marcada para o próximo dia 20 de agosto.
Para que a perícia ocorra dentro dos conformes, a juíza anotou que a prisão preventiva de Magno deve ser mantida. Além disso, foi destacado que não houve alterações nos fatos que culminaram no cárcere de Magno.
“Portanto, sem mais delongas, diante da presença inequívoca dos requisitos e fundamentos do sequestro corporal preventivo, mantenho a prisão preventiva do réu Magno dos Santos Lima, notadamente por persistir os mesmos fatos que embasaram originariamente o decreto cautelar”, decidiu.
Em documento obtido pelo Olhar Direto, Magno contou em depoimento, prestado dias após o crime, que mora em Cuiabá há pouco tempo. Ele relatou que foi embora do estado onde morava porque era alvo de provocações.
O suspeito afirmou que, no dia da execução, foi ao centro de Cuiabá para buscar emprego e quando passou em frente à loja de eletrodoméstico, foi vítima de provocações cometidas pelos funcionários do estabelecimento. Magno alegou que Audino e outro funcionário o chamavam de "veado" e faziam chacota.
Magno confessou às autoridades que agrediu um dos vendedores e esfaqueou Audino. Porém, alegou que andava armado para se defender de ofensas sofridas por ele.
Entretanto, o acusado alegou que gostaria de portar uma arma de fogo para que pudesse matar os funcionários e outras pessoas que estavam no local. Questionado sobre o motivo de relatar o armamento, Magno afirmou que seria para que as pessoas aprendessem a "não mexer com homem".
Magno foi denunciado em maio de 2023, como incurso nas penas do artigo 121, § 2º, incisos II e IV, do Código Penal, pelo homicídio de Audino por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
“A vítima, inicialmente, não esperava o ataque do indiciado e, no momento em que percebeu estar em perigo, não teve tempo hábil para fugir, sendo segurada e apunhalada pelas costas, o que configura a utilização de recurso que dificultou a defesa de Audino”, anotou o promotor Samuel Frungilo na denúncia.
(3).png "Mantida a prisão de homem que matou trabalhador a facadas no centro de Cuiabá")
