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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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GOLPES MILIONÁRIOS

Ré alega prejuízos em novo emprego por tornozeleira, mas juiz mantém monitoramento

Foto: Reprodução

Ré alega prejuízos em novo emprego por tornozeleira, mas juiz mantém monitoramento
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, manteve a tornozeleira eletrônica instalada no tornozelo de Kellen Mayara Silva Rodrigues dos Santos, ré no âmbito da Operação Gênesis, deflagrada em março de 2023 para desarticular grupo que movimentou mais de R$ 1 milhão proveniente de estelionato e lavagem de dinheiro. Decisão é desta quarta-feira (14).


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Kellen alegou que está sendo monitorada há 15 meses e, desde estão, não se envolveu em nada que comprometesse sua credibilidade. Sustentou ainda que conseguiu novo emprego, e que o equipamento estaria lhe prejudicando no desenvolvimento das atividades laborais. Acrescentou que só responde a ação da operação e vem cumprindo com as obrigações impostas.  

Examinando o pedido, porém, o magistrado salientou que as medidas cautelares não são impostas para serem confortáveis aos réus, menos ainda devem ser retiradas porque os acusados não querem usar a tornozeleira.

Sobre os predicados favoráveis de Kellen, Garcia apontou que tais argumentos não afastam a gravidade das condutas que ela praticou, de modo que a tornozeleira se mostra proporcional e justificável diante das circunstâncias dos fatos. Diante disso, o juiz manteve o monitoramento.

Kellen, segundo a promotora de Justiça Valnice Silva dos Santos, que a denunciou, demonstrou que ela vendia suas contas bancárias para a organização criminosa com objetivo de receber os valores obtidos por meio dos golpes aplicados. Além disso, constatou-se que Kellen não foi encontrada para ser intimada a responder a ação, de modo que a tornozeleira se justificaria.

No dia 7 de março de 2023, a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Gênesis contra quadrilha especializada em golpes virtuais aplicados em 13 estados do Brasil. Durante o inquérito, foi possível identificar a ocorrência de outros delitos de estelionato.

Entre elas, os policiais da DEEF identificaram 19 vítimas lesadas em valores que vão de R$ 3.116,00 a R$ 311.490,00. A soma dos valores tomados das vítimas ultrapassa R$ 1 milhão.
 
Segundo as investigações, os criminosos praticavam a lavagem de capitais para dissimular a origem ilícita dos valores. Além das prisões e buscas, foram cumpridos também o bloqueio, sequestro e indisponibilidade de bens e valores dos investigados. No decorrer das diligências, a Polícia Civil identificou outras pessoas que, de alguma forma, estariam associadas para a prática dos golpes. 

A primeira fase aconteceu em 2022 quando foram cumpridas buscas e apreendidos aparelhos eletrônicos para buscar mais elementos para a investigação. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material probatório que deu base à Operação Gênesis. 
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