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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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ALVO DA RAGNATELA

Acusado de lavar dinheiro para o CV, ex-assessor de vereador da capital tem prisão mantida

Foto: Reprodução

Acusado de lavar dinheiro para o CV, ex-assessor de vereador da capital tem prisão mantida
O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra manteve a prisão de Elzyo Jardel Xavier Pires ex-assessor parlamentar de vereador e supostamente membro do Comando Vermelho. Pires foi denunciado pelo Ministério Público por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no âmbito da Operação Ragnatela, que desmantelou esquema que lavou mais de R$ 50 milhões via shows nacionais de funkeiros, grandes nomes do pagode e sertanejos. Agentes públicos, possivelmente, também integravam a trama criminosa, facilitando as licenças e alvarás para os eventos.


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Ao negar o pedido, o juiz anotou que a defesa de Elzyo não trouxe fatos novos ao processo que pudessem revogar sua prisão.

Para evidenciar a ligação entre a facção, casas de shows e produtoras, o Ministério Público apresentou um diálogo em que Elyzio, também membro da G12 produções, reclama que estava sofrendo prejuízos com os eventos pois os faccionados que investiam na promoção dos shows estariam presos ou mortos.
Tal diálogo é usado pelo MPE para estabelecer a suposta ligação entre a empresa G12 e a facção. “Os bandidos que gastava dinheiro mesmo, tá tudo morto, ta tudo sendo preso, acabando corre, esse... nós que gastava o dinheiro, cê entendeu?”, diz trecho da conversa interceptada.

Ex-assessor parlamentar, Jardel é apontado como membro do CV e sócio do também alvo e assessor, Rodrigo Leal, os quais possuem sociedade em diversos empreendimentos. Entretanto, tais empresas constam em nome de laranjas, como ocorre no estabelecimento conhecido como “Strick Pub”, usado para lavar capitais para a facção.

Diversos indivíduos, incluindo integrantes da facção, promoters e agentes públicos, acusados de formar a organização criminosa cujo objetivo é lavar dinheiro proveniente de atividades ilícitas.

De acordo com as investigações, a organização criminosa era liderada por Joadir Alves Gonçalves, conhecido como "Jogador", "Joga" ou "Veio". Gonçalves recebia grandes quantias em dinheiro dos membros operacionais da facção, Joanilson de Lima Oliveira, conhecido como "Japão", e João Lennon Arruda de Souza, que atuavam na distribuição de drogas.

Esse dinheiro era então canalizado para a compra de casas noturnas e a realização de eventos, facilitando a lavagem de recursos. O esquema de lavagem de dinheiro envolvia uma divisão clara de tarefas.
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