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Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

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TRÊS OPERAÇÕES

Juízes condenam 18 membros do Comando Vermelho a 100 anos por lavagem, organização criminosa, tráfico e roubo

Foto: Reprodução

Juízes condenam 18 membros do Comando Vermelho a 100 anos por lavagem, organização criminosa, tráfico e roubo
A 7ª Vara Criminal de Cuiabá condenou 18 membros do Comando Vermelho a penas que, somadas, alcançam os 99 anos provenientes de três operações diferentes: Castelo de Areia, Ares Vermelhos e Red Money. As sentenças foram proferidas pelos juízes Jean Garcia de Freitas Bezerra e João Filho de Almeida Portela, publicadas nesta segunda-feira (19).


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Alvos da Castelo de Areia, deflagrada em janeiro de 2023 pela Polícia Civil com objetivo de desarticular esquema de tráfico e associação para o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Pedro Paulo Ferreira Pinheiro, vulgo “Veio”, foi condenado a 13 anos e Henrique Gabriel Almeida, “Boneco”, oito anos.  O juiz Jean Garcia fixou o regime fechado para cumprimento inicial da pena, negando-lhes o direito de recorrerem em liberdade.

Deflagrada em 2017 contra as ações do Comando Vermelho em Cuiabá e na baixada metropolitana, a Operação Ares Vermelhos, da Polícia Civil, cumpriu 51 mandados de prisão preventiva contra os faccionados, inclusive alguns atuando com ajuda de familiares. Segundo as investigações, os alvos eram responsáveis por 60% dos crimes patrimoniais de roubos, furtos, receptação e adulteração de veículos em Mato Grosso. 

A investigação apontou que a organização possuía estrutura sofisticada, com divisão elaborada no setor financeiro, chegando a manter uma espécie de “caixinha” ou reserva financeira para fomentar o crime e fazer alianças com outras facções, além da lavagem do dinheiro proveniente dos roubos.

No âmbito da ação penal proveniente da operação, nove réus foram condenados, sendo eles: Rosana Ormeneze (12 anos), Walhison Bezerra Ormeneze (4 anos), Edna Aparecida dos Santos (4 anos), Leria Silva Teles (4 anos), Daiana Rodrigues Canto (4 anos), Greisiele Moreira (4 anos), Luis Paulo da Silva (4 anos), Bruno Weslei Ormeneze (4 anos) e Eder Giovani Lavagnoli (4 anos). Com exceção de Rosana, que pegou regime fechado, os demais foram colocados no regime aberto para cumprimento da pena, com direito de apelarem em liberdade.

Responsáveis por núcleo da facção que lavou R$ 52 milhões das atividades criminosas, sete alvos da Operação Red Money foram condenados. Deflagrada em 2018, a ação policial desarticulou a movimentação milionária, feita por meio de “taxas do crime”, cobradas de ‘donos de boca de fumo’, membros da organização e comerciantes.

Segundo as investigações da polícia, a facção teve movimentação bancária acima de R$ 50 milhões. Em decorrência de quinze meses de investigação, 94 ordens de prisões foram cumpridas, além do bloqueio de contas bancárias e da indisponibilidade de bens dos envolvidos. A atividade policial resultou ainda na apreensão de pelo menos 60 veículos, avaliados em R$ 1,7 mi de reais.
 
O sistema de 'pirâmide' usado pelos criminosos atuava em três vertentes: a cobrança de mensalidades de traficantes para abertura de novos pontos de distribuição de entorpecentes, uma mensalidade para ser 'membro' do grupo e ainda extorsão de comerciantes.

Carla Aparecida dos Santos (seis anos), Jucildo Marcelino da Costa (5 anos), Aline da Silva Prado (6 anos), Rodrigo Ruiz Campos (9 anos), Marcelo Henrique Bezerra da Silva (8 anos), Juraci Soares Lacerda (6 anos) e Fernando Soares Lacerda (6 anos). Eles poderão recorrer em liberdade.
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