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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Pilhagem dos corpos do vôo da Gol que caiu na selva de MT será julgada dia 9 de abril

Foto: Reprodução

Pilhagem dos corpos do vôo da Gol que caiu na selva de MT será julgada dia 9 de abril
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região julga no dia 09 de abril o recurso de familiares das vítimas do voo 1907, da GOL, que caiu na selva mato-grossense no dia 29 de setembro de 2006, os quais tentam provar a pilhagem dos corpos dos mortos na tragédia. Respondem ao processo a empresa responsável pela linha aérea, o Ministério Público de Brasília e a Aeronáutica, todos responsáveis pelo recolhimento dos pertences, guarda e entrega aos parentes.


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O acidente aconteceu quando dois pilotos norte-americanos (Joseph Lepore e Jan Paul Paladino) atingiram o Boeing da GOL, que caiu em meio a floreta Amazônica, causando a morte dos 154 passageiros. A época, aquele foi o maior acidente aéreo do Brasil, superado mais tarde pelo acidente com o voo 3054 da TAM, em 2007, no qual morreram 199 pessoas.

A denúncia se arrasta desde 2007, quando os familiares dos mortos do acidente aéreo denunciaram que maior parte dos objetos listados pelo MP não foram devolvidos pela GOL Linhas Aéreas. De acordo com parentes das vítimas do acidente, alguns pertences foram recuperados mais tarde.

Entre esses objetos, o celular da esposa de Maurício Saraiva foi entregue no Rio de Janeiro para conserto antes do reconhecimento/resgate dos corpos. Ele recebeu uma ligação do celular dela e conseguiu localizar o aparelho. “Chamaram-me de Pretinho, que era como ela me chamava. A pessoa, do outro lado da linha, disse que havia recebido o celular para consertar, lá no Rio de Janeiro”, afirmou.

Já Joana Batalha Ignácio, psicóloga e agente da Polícia Federal, uma das vítimas do acidente, teve um carro 0km comprado com seus documentos. Sua arma e seus documentos nunca foram entregues aos seus familiares.


O processo, de nº 5043561-69.2012.404.7000, agora em fase de recurso do advogado que defende os familiares, Daniel Fonseca Roller, será votado pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre, relatado pelo Desembargador Fernando Quadros da Silva, no próximo dia 9 de abril, às 13h30, em Porto Alegre.

“Queremos demonstrar que não foi apenas um desrespeito, foi um descumprimento de responsabilidade pela guarda e entrega dos pertences aos familiares e que isso não causou apenas danos emocionais, mas também, financeiros a essas pessoas que, além de terem que lidar com a perda dos seus entes queridos, também tiveram que arcar com os problemas que essa pilhagem causou, como a compra de bens em nome das vítimas, fraudes no INSS, entre outras”, destaca Roller.
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