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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Criminal

Caso Bernardo

MP denunciou pai, madrasta, amiga e seu irmão como culpados por morte

Foto: MPRS / Divulgação

Promotora falou sobre a denúncia feita no caso do menino Bernardo

Promotora falou sobre a denúncia feita no caso do menino Bernardo

O Ministério Público do Rio Grande do Sul apresentou nesta quinta-feira a denúncia dos indiciados pela morte do menino Bernardo Boldrini, 11 anos, encontrado morto no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen. Em entrevista coletiva na cidade de Três Passos, a promotora Dinamárcia Maciel classificou o pai do menino, Leandro Boldrini, como o mentor intelectual do crime.

Além de Leandro, o MP denunciou a enfermeira Graciele Ugulini, madrasta, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, pela morte do menino. Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, também foi denunciado por participação na ocultação de cadáver, ainda que ele não conste do inquérito policial entregue pela polícia à Justiça.

Segundo o MP, Leandro, Graciele e Edelvânia responderão por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima), além da ocultação de cadáver. “Nesse contexto, nós temos a conduta que por si só é repugnante, tornando o crime, conforme diz a legislação, hediondo”, disse a promotora.

Segundo ela, a motivação do crime é considerada torpe pelo fato de o casal “odiar Bernardo” e tentar “tirá-lo do caminho” para que ele não herdasse o que teria de direito. “Leandro Boldrini e Graciele Ugulini não queriam partilhar com Bernardo Boldrini os bens deixados pela mãe da criança e, tampouco, correr o risco de que ele, sob a guarda de terceiros ou mais velho, viesse a dispor, de algum modo, sobre tais bens".

A segunda qualificadora, de acordo com a promotora, foi o emprego de veneno na morte da criança. “Todos sabem que a aplicação do medicamento na dose errada o transforma em um veneno“, disse a promotora. Foi destacado também a dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. “A dissimulação não possibilitou a defesa da vítima. As artimanhas e pretextos utilizados então para que Graciele ministrasse midazolam em Bernardo – primeiro como comprimidinho para não enjoar na viagem, depois antes dele passar na bezendeira, dizendo que ele deveria levar uma picadinha – comprovam essa qualificadora”, disse Dinamárcia.
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