Membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manifestaram consternação generalizada pela decisão do ministro Joaquim Barbosa de requere sua aposentadoria do cargo e consequentemente da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio CNJ.

Esta foi a primeira sessão do conselho após o anúncio de sua aposentadoria ocorrido durante sessão do STF na última quarta-feira (29.5).

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A manifestação mais eloquente foi feita pela conselheira Ana Maria Amarante. Desembargadora do TJDF, a magistrada parabenizou Barbosa pela postura firme em relação ao julgamento do mensalão e de outros “poderosos”.

“Juntemo-nos à consternação generalizada da aposentadoria do cargo que tão bem soube ocupar. Vossa Excelência soube de forma imperativa inarredável conduzir a independência do judiciário para julgar os poderosos. Quero expressar esperança na causa republicana e no ideal da justiça. Deus o acompanhe e muito obrigada”, afirmou.

O subprocurador geral da república citou o escritor argentino Jorge Luis Borges para destacar a importância da leitura e da educação recebida por Joaquim Barbosa para fazê-lo chegar ao topo da magistratura.

“Como dizia o escritor Jorge Luis Borges, o objeto que é extensão da memória é o livro. O livro transformou um garoto pobre e humilde em um doutor pela Sorbonne e depois presidente do Supremo Tribunal Federal. A educação foi a força formadora de ilustres quadros brasileiros”, frisou.