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Domingo, 05 de maio de 2024

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TRÁFICO DE DROGAS

Advogados são investigados por coação pelo Gaeco e rechaçam acusações

Foto: Reprodução Internet

Advogados são investigados por coação pelo Gaeco e rechaçam acusações
Os advogados Walter Rapuano e Antonio Lenoar investigados pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por crimes de prática de coação no curso do processo, ameaça e oferecimento de vantagem indevida para alteração de depoimentos, rechaçam qualquer envolvimento com práticas criminosas. Na manhã de hoje, 16, o Gaeco deflagrou operação de combate ao tráfico de drogas e resultou na prisão dos vereadores Reinaldo de Freitas e José Itamar Marcondes, na cidade de 475 km ao Norte de Cuiabá.

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De acordo com o Gaeco, ambos são suspeitos de atuarem mediante uma tentativa de oferta de benefícios financeiros e materiais para mudar o depoimento do detento Neimar Gilberto para beneficiar os vereadores apontados como articuladores do esquema.

Em nota à imprensa, os advogados rechaçaram a operação, assim como a divulgação de informações improcedentes. Citam que “o Gaeco emitiu nota fornecendo detalhes do processo e nominando todos os que resolveram acusar, inclusive os citados advogados, dando a entender, criminosamente, que eles também fariam parte da dita organização criminosa e dos crimes ali relacionados. Todavia, nenhuma acusação há no processo nesse sentido”.

Argumentam que agiram no exercício da profissão e na defesa técnica. Pontuam que “entrevistaram o acusado Neimar Gilberto, para que tivessem a real dimensão dos fatos contidos em seu depoimento, tendo inclusive este iniciado as tratativas para contratar Antônio Lenoar como seu defensor, chegando até a assinar procuração para esta finalidade.

Entretanto, nunca houve qualquer promessa ou ameaça para que mudasse seu depoimento em Juízo”. Esclarecem ainda que estes fatos foram, inclusive, devidamente esclarecidos pelos advogados e uma testemunha no inquérito policial”.
Os dois advogados acionaram a OAB-MT, através da subseção local, para obter cópia integral do processo e irão buscar a defesa de suas prerrogativas. Ambos já militam há 16 anos e consideraram a acusação “como injusta, ilegal, violadora das prerrogativas advocatícias, inoportuna e desfundamentada”.

Investigação  - Segundo o MPE, os envolvidos praticaram de forma reiterada os crimes de tráfico de drogas previstos no artigo 33, da Lei 11.343/06. Além da venda de entorpecente, eles adquiriram, prepararam, transportaram, armazenaram e ofereceram o produto para consumo. A comercialização da droga, conforme o MPE, foi realizada, inclusive, dentro da Cadeia Pública de Nova Mutum e em uma escola da cidade de Nova Ubiratã.

Os entorpecentes, segundo o Ministério Público, eram adquiridos em Cuiabá e Sorriso e guardados em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial, na cidade de Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes. Para isso, menores eram cooptados para fazer a distribuição.

As porções de droga, conforme o MPE, eram embaladas e preparadas em pequenas trouxas amarradas com fio dental e comercializadas a R$ 20, R$ 30 e R$ 50. Existia, ainda, a opção por porções maiores, denominadas “Caixa”, cujo valor era de R$ 200.
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