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Domingo, 05 de maio de 2024

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MPE vê investigação de morte de Marchetti como 'singela e incompleta'; novas diligências devem ser feitas

MPE vê investigação de morte de Marchetti como 'singela e incompleta'; novas diligências devem ser feitas
O Ministério Público do Estado de Mato Grosso considerou a investigação da morte de Vilceu Francisco Marchetti, 60, ex-secretário de Infraestrutura de Mato Grosso,  realizada por uma força-tarefa composta pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em conjunto com a Delegacia de Santo Antônio do Leveger, como “singela e incompleta”. A  avaliação é do  promotor da comarca de Santo Antônio do Leverger, Natanael Moltocaro Fiuza, em parecer contrário a revogação da prisão do administrador de fazendas, Anastácio Marafon, 53, que confessou a morte de  Vilceu.

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Marafon foi preso em flagrante durante a madrugada de 8 de julho, horas após o homicídio registrado na fazenda Marazul, na região de Santo Antônio do Leverger. Em depoimento, ele argumentou ter  matado Vilceu como vingança por ele ter assediado sua esposa desferindo um tapa em suas nádegas.

No documento enviado à Justiça, o promotor pondera ainda que se faz necessária a realização de novas diligências. "Ademais, a despeito de que o inquérito policial tenha sido concluído pela Autoridade Policial, a investigação até agora levada a efeito mostrou-se singela e incompleta, havendo a necessidade de se baixar os autos para se providenciar várias diligências que se descortinam relevantes para a elucidação do crime, e das circunstâncias em que foi perpetrado".

Quanto ao pedido de liberdade protocolizado por Anastácio no último dia 16, o promotor considera que ele usou de intenção de má fé para tentar se desfazer da arma utilizada no crime. “Com efeito, verifica-se que a despeito de ter armas registradas em seu nome, o requerente se utilizou de arma sem registro, e ainda, em claro propósito de prejudicar a investigação, se desfez de tal arma, de modo a impossibilitar a realização de exame pericial na mesma”. Anastácio usou para a prática do homicídio um revólver calibre 38, sem registro. Após o ato, ele se desfez da mesma jogando-a em um corixo atrás da residência onde o ato foi consumado.

“Verifica-se que o acusado, à vista do apurado, praticou o crime de homicídio qualificado, que por sua própria natureza reveste-se de alta gravidade e hediondez, revelando assim total desrespeito e desprezo pela vida humana, de modo que a soltura do flagrante implicaria em evidente perturbação à ordem pública e a respeitabilidade da Justiça”.

Em outro trecho ainda pontua quanto à necessidade de diligências complementares no inquérito e os prejuízos a elas, caso Anastácio seja colocado em liberdade. “Certamente o requerente interferirá negativamente na obtenção dessas provas, prejudicando a investigação criminal, que ainda necessita ser complementada”.

O parecer foi enviado no final da terça-feira (22) para o juiz da Vara Única de Santo Antônio do Leveger, Murilo Moura Mesquita.

A assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso informou que o Ministério Público Estadual (MPE-MT) possui a prerrogativa de determinar a realização de novas diligências para as unidades policiais. Quanto ao flagrante lavrado explicou que o prazo de conclusão é de dez dias e em razão do prazo exíguo, os laudos periciais nem sempre são disponibilizados em tempo hábil (10 dias). Por esse motivo, são  posteriormente, anexados ao processo.
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