Olhar Jurídico

Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Civil

Promotora de Justiça de MT profere palestra em João Pessoa (PB) sobre 'Relações Afetivas Contemporâneas'

O V Encontro Nacional sobre Violência contra a Mulher abordaram o “Stalking” e o “Feminicídio” foi realizado pela Comissão Permanente de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Copevid) do Conselho Nacional de Procuradores Gerais (CNPG), em João Pessoa (PB), no dias 27 e 28 de novembro. Entre os 12 palestrantes, estava a promotora de Justiça em Mato Grosso, Lindinalva Rodrigues, que abordou a temática sobre “Relações Afetivas Contemporâneas”.

Durante a oficina, a promotora destacou uma crise de identidade gerada por alguns fatores próprios da contemporaneidade, tais como: globalização, avanço tecnológico e as revoluções sociais. “Homens e mulheres modernos vivem uma vida onde a velocidade e a constante movimentação lhe dão o sentido. Ficar parado significa estagnar no tempo. Nossas vidas são tão movimentadas que chegam a ser entediantes. Toda esta correria diária se reflete e pode ser percebida também na fragilidade dos laços afetivos ”, frisou Lindinalva.

A promotora acrescentou ainda que “estamos viciados no stress e nos acostumamos com a correria de forma que ela se tornou a nova estagnação. Pensamos que o problema está na velocidade em que dirigimos nosso cotidiano e não na necessidade ou não de continuarmos em movimento. E quando estamos entediados de nossas vidas corridas e atarefada, procuramos novas coisas para fazer, aumentando a velocidade e o movimento”.

Durante sua apresentação, abordou a multiplicidade de identidades do mundo virtual e suas relações que permitem ao sujeito desmembrar sua identidade em várias, de acordo com sua fantasia e desejo. Na oportunidade, também explanou sobre um problema dos relacionamentos modernos que atinge principalmente as mulheres, que consiste na conduta de divulgar fotos ou vídeos com cena de nudez ou ato sexual sem autorização da vítima, geralmente por vingança, após o rompimento da relação afetiva, bem como da aplicação da Lei Maria da Penha nos novos relacionamentos independentemente do seu tempo de duração.

Outro participante da oficina foi o promotor de Justiça, Davi Santana da Câmara, da Amazônia. Ele apresentou diversas decisões judiciais sobre relações contemporâneas, como: indenizações por rompimento de noivado e namoro, provas produzidas a partir de informações de redes sociais, relações homoafetivas e a aplicação da Lei Maria da Penha.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
Sitevip Internet