O ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em entrevista exclusiva ao site Olhar Jurídico, negou que tenha agido de má fé na venda de diversos terrenos com preços bem abaixo do mercado, especialmente nas proximidades do Palácio Paiaguás. A Justiça determinou que um terreno, onde funcionava a Escola Estadual José Magno, no bairro Duque de Caxias, avaliado em R$ 5 milhões e vendido a R$ 590 mil, seja devolvido à empresa FS Properties Empreendimentos Imobiliários.  

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“Os títulos desses terrenos chegavam na minha mesa e eu assinava. Eu assinei mais de 50 mil títulos durante meu mandato, alguns de venda, outros de doação”, explicou Silval.

Ainda segundo ele, os títulos só chegavam até ele após todo o trâmite necessário. “Não tinha motivo para duvidar de ninguém porque quando chegam na minha mesa é porque já passaram por todas as fases que tinham que passar para que pudessem ser vendidos. Eu não posso duvidar dos órgãos competentes, que certificavam a venda”, declarou o ex-governador.

O Ministério Público investiga, entre outros casos, a venda de um terreno na gestão Silval Barbosa, de sete hectares, localizado na região do CPA (Centro Político Administrativo), por apenas R$ 1.085.170,35, sendo que o local estaria avaliado em pelo menos R$ 30 milhões. Além disto, a área em questão, de acordo com o MPE, só poderia ser destinada para construções de órgãos públicos.