O procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, designou o procurador regional da República Wellington Cabral Saraiva para acompanhar, na próxima sexta-feira, 13 de março, a sessão do Tribunal de Grande Instância de Paris, França, em que o deputado Federal Paulo Maluf será julgado pela acusação de crime de lavagem de dinheiro em grupo organizado. Também serão julgados pelo mesmo crime Sylvia Lutfalla Maluf e Flávio Maluf, esposa e filho do parlamentar. Maluf foi prefeito de São Paulo, e valores supostamente desviados da Prefeitura foram localizados na França.

Em 2014, o PGR requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a transferência desse procedimento penal para o Brasil. O ministro da Corte Ricardo Lewandowski autorizou o Ministério Público Federal (MPF) a adotar medidas de cooperação internacional para a transferência do procedimento.

O MPF pretende que o processo tenha seguimento perante a Justiça brasileira e que ocorra a repatriação dos ativos bloqueados na França - aproximadamente US$ 5 milhões - para que aqui também fiquem bloqueados, até decisão judicial de confisco, em caso de condenação, pois estaria provada a origem criminosa dos valores.

Maluf responde no STF às ações penais 477 e 863 por crimes contra o sistema financeiro, contra a Administração Pública, formação de quadrilha e lavagem de capitais.