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Advogado diz que Riva está inconformado com prisão, mas confiante na Justiça

18 Mar 2015 - 10:01

Da Redação - Flávia Borges/ Arthur Santos da Silva

Foto: Divulgação

Advogado diz que Riva está inconformado com prisão, mas confiante na Justiça
Os advogados do ex-deputado estadual José Geraldo Riva, Rodrigo Mudrovisch e Valber Melo declararam que seu cliente está inconformado com a prisão, porém confiante no Poder Judiciário.

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“Ele segue confiante, segue na expectativa de deixar a prisão, e é lógico que a prisão sempre deixa a pessoa inconformada, ainda mais quando ela crê na inocência dela, mas ele segue confiante na capacidade do Poder Judiciário de fazer Justiça”, afirmou Mudrovisch.

Ainda segundo ele, a alegação do Ministério Público, acatada pela juíza Selma Rosane Arruda, que determinou a prisão de Riva no dia 21 de fevereiro, de que o ex-deputado ainda teria influência na Assembleia Legislativa e que documentos teriam desaparecido do Poder Legislativo não é verdadeira.

“A ação discute fatos que já se passaram há muito tempo, a certidão que foi feita pela atual gestão diz respeito a documentos de 2013 e 2014. Quem deveria zelar por esses documentos era o deputado Mauro Savi, que quando notificado entregou tudo à nova Mesa Diretora, que declarou ciência”, salientou o advogado.

Valber Melo também destacou que Riva não poderia influenciar nas ações da Assembleia ou de servidores, visto que a Mesa Diretora é nova e a maioria dos funcionários foi exonerada.

“É público e notório que o grupo que está aí é um grupo de oposição a ele. A maioria de seus funcionários foi demitida, então não concordamos com os argumentos e vamos recorrer da medida, respeitando sempre a visão do Tribunal, mas discordamos de seus fundamentos”, declarou Valber.

Segundo ele, quem vai decidir o futuro de Riva são as instâncias superiores. “Quem vai decidir sobre o que está certo ou errado são os Tribunais Superiores. Eles vão apreciar a matéria e vão dar a última palavra sobre o caso. Não vemos parcialidade no Tribunal. São julgadores livres para julgar e respeitamos a decisão, mas não concordamos, e quem dará a última voz é o Superior Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal Federal”, finalizou o advogado.

José Riva foi preso após a deflagração da operação Imperador que apura um rombo nos cofres públicos estimado no valor de R$ 62 milhões. Conforme a denúncia do MPE, José Geraldo Riva pode responder pelos crimes de formação de quadrilha e 26 peculatos, em concurso material.

Além dele, sua esposa, Janete Riva - que atuava como secretária de Administração e Patrimônio da Casa de Leis - foi denunciada juntamente com outras 13 pessoas, entre servidores e proprietários de cinco empresas utilizadas no 'esquema'. A fraude, conforme o MPE, ocorreu no período de 2005 a 2009.

Em apenas um ano, segundo o MP, as cinco empresas denunciadas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia Legislativa, apesar da Casa de Leis contar, à época, com apenas 150 impressoras.
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