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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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NOVO ALVO

Após denúncia do MPF, Eder Moraes nega ligações com Janete Riva

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Após denúncia do MPF, Eder Moraes nega ligações com Janete Riva
O ex-secretário de fazenda Eder Moraes negou ralação com a candidata ao governo de Mato Grosso em 2014, Janete Riva, nova investagada pela Justiça Federal. Cinco pessoas passaram a responder pelo crime de lavagem de dinheiro, no último dia 11 de março, em desdobramento da Ararath: operação em que o antigo braço forte do Governo é considerado peça central. Além de Janete, Avilmar de Araújo Costa, Altevir Pierozan Magalhães, Altair Baggio e Guilherme Lomba de Mello Assumpção foram denunciados pela prática do delito supostamente a mando do ex-deputado estadual José Riva.

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Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (19), na Quinta Vara de Mato Grosso, Moraes mostrou firmeza ao afirmar que não possui ligações com a mais nova investigada. “Eu a conheço, evidentemente, como toda sociedade mato-grossense a conhece: pela mídia, eventualmente nos corredores da Assembleia no passado, algum cumprimento, então meramente uma relação institucional”, asseverou o ex-secretário de fazenda.

Eder Moraes comentou, ainda, sobre os possíveis contatos com o ex-deputado estadual José Riva. “Com o deputado José Geral Riva eu estou, por força de medida cautelar, impedido de falar com ele há mais de um ano. Desde maio do ano passado que nós não falamos por nenhum meio de comunicação”, finalizou.

Denúncia do MPF


Conforme o MPF, Os denunciados, por meio das empresas L.B Notari, Supermercados Modelo e Multimetal, utilizaram-se de bancos clandestinos na tentativa de ocultar movimentações financeiras. De acordo com as informações prestadas pelo colaborador das investigações, Gércio Marcelino Mendonça as operações financeiras em nome dessas empresas tinham como mandante José Riva.

Em maio de 2008, Avilmar de Araújo Costa, então representante da empresa L.B Notari, do município de Juara, fez três transferências para a Globo Fomento, de propriedade de Júnior Mendonça, para pagar parte de uma dívida em nome de José Geraldo Riva. As três transferências foram fracionadas de modo a tentar não chamar a atenção dos órgãos de controle que monitoram as transações financeiras.

Em 2011, foram realizadas transações financeiras envolvendo os Supermercados Modelo e a Multimetal no esquema de lavagem de dinheiro. Em fevereiro daquele ano, Júnior Mendonça fez um empréstimo milionário no BIC Banco em nome da Amazônia Petróleo. O empréstimo tinha como destino final os Supermercados Modelo e a Multimetal.

No mesmo dia que o empréstimo foi disponibilizado à Amazônia Petróleo, a maior parte do dinheiro foi transferida para a conta do Modelo, que tem Altevir Pierozan Magalhães como diretor-presidente, com o objetivo de quitar dívida do ex-deputado estadual José Riva.

Outra parte do empréstimo no BIC Banco foi transferida para a Multimetal, empresa de Altair Baggio e Guilherme Lomba de Mello Assumpção, para o pagamento da primeira parcela, de um total de cinco, relativa à compra de 40% da empresa por Janete Gomes Riva. Porém, desde 2011 a formalização da entrada de Janete na sociedade nunca foi feita perante a Receita Federal ou a Junta Comercial.
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