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Sexta-feira, 10 de maio de 2024

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Assassino de esposa que era juíza é condenado a 18 anos de prisão

A sessão do júri durou mais de16 horas. A sentença foi anunciada pelo juiz Carlos Ferrari por volta da 0h30 de hoje. Os jurados entenderam que o crime foi duplamente qualificado, já que o réu não deu chances de defesa à vítima.

Foto: Agora MT

Enfermeiro foi julgado nesta terça-feira em Alto Araguaia

Enfermeiro foi julgado nesta terça-feira em Alto Araguaia

O enfermeiro Evanderly de Oliveira Lima, de 45 anos, acusado de assassinar a esposa, a juíza Glauciane Chaves de Melo, em junho de 2013, foi condenado, em julgamento que terminou nesta quarta-feira (29) de madrugada, a 18 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.


A sessão do júri durou mais de 16 horas. A sentença foi anunciada pelo juiz Carlos Ferrari por volta da 0h30 de hoje. Os jurados entenderam que o crime foi duplamente qualificado, já que o réu não deu chances de defesa à vítima.

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O crime ocorreu em sete de junho de 2013. A magistrada foi morta a tiros dentro do gabinete, no Fórum de Alto Taquari (479 quilômetros de Cuiabá). O julgamento ocorreu na cidade vizinha a pedido da defesa, que alegou forte comoção popular com o fato ocorrido e isso poderia influenciar os jurados.

Durante o julgamento, o advogado de Evanderly de Oliveira Lima, Edno Damascena, alegou que o réu estava sob forte emoção quando atirou e matou a juíza Glauciane. "Esse homem que estamos julgando, por um fato que ocorreu em cinco minutos, viveu o relacionamento com intensidade. É um homem de carne e osso, méritos e defeitos. Confessou que atirou, matou e está arrependido", disse o advogado para os jurados.

Na sustentação da defesa, Edno ressaltou que a justiça não significa condenação e nem punição. Para ele, o melhor conceito de justiça é "dar a cada um aquilo que é seu". O advogado falou ainda que o réu se comportou bem diante do interrogatório no Tribunal do Júri, respondendo a todas as perguntas e reconhecendo a ajuda que recebeu da vítima para terminar os estudos.

Já o promotor Márcio Berestinas apontou que o réu “não teria entrado no trabalho da juíza armado numa sexta-feira de manhã caso ele não tivesse premeditado o crime”. Ele ainda ressaltou aos jurados que a juíza não teve chances de defesa. “Ele a surpreendeu e dentro do fórum, ele teve a ousadia de sacar a arma”.

Após o julgamento, o advogado do réu disse que, em principio, não recorrerá da sentença, e que analisará um pedido para que a pena seja diminuída.



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