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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Júnior Mendonça não fez delação premiada, foi ‘mega-sena’ da virada, diz Riva

Foto: Divulgação

Júnior Mendonça não fez delação premiada, foi ‘mega-sena’ da virada, diz Riva
O ex-deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva (PSD) criticou a delação premiada de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, um dos operadores do esquema de fraudes financeiras investigado pela Polícia Federal na Operação Ararath, que teria como único intuito preservar patrimônio e proteger alguns do envolvidos.

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“Essa delação não é premiada. É da mega-sena da virada. Ele não quer ajudar a Justiça, quer salvar o patrimônio dele. Quer proteger pessoas", disse ex-parlamentar, na tarde de terça-feira (09), durante interrogatório a juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, em relação aos crimes investigados na Operação Imperador, na qual é usado depoimento de Júnior Mendonça – como é conhecido Gércio Marcelino.

De acordo com Riva, Júnior Mendonça mente em vários pontos da delação, como as datas de empréstimos feitos por ele. Enquanto o delator da Ararath sustenta ter feito o último empréstimo ao ex-deputado José Riva em 2010. Contudo, o réu da operação Imperador afirma ter feito as maiores tomadas de dinheiro com Mendonça justamente após esse período.

José Riva também põe em xeque as alegações de Gércio sobre o falecido Edemar Adams, ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa, ter sido responsável por fazer pagamentos e negociatas em seu nome. “Todos em Cuiabá sabem. Ou eu pagava as contas, ou então era o Cristian, meu funcionário. Edemar nunca pagou nada para mim”, cravou o deputado.

De acordo com Mendonça e também com a viúva de Edemar, que morreu em 2010, vítima de um câncer raro, Edemar era o responsável por receber a devolução do dinheiro das empresas que venciam licitações fraudadas, levar a Riva e também fazer pagamentos dos empréstimos do ex-parlamentar, utilizando desse dinheiro público. Ao total, Riva é acusado de lesar os cofres públicos em R$ 60 milhões.

Entretanto, a própria participação de Edemar na delação é ponto alto da crítica de José Riva. Para ele, o fato de usarem “palavras de um falecido” facilita a acusação, pois não há chance de um desmentido. Outra pessoa falecida citada, no caso pela viúva de Edermar, Cleonice Bernadete Adams, é o ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral Eduardo Jacob, o qual teria sido um dos mentores de uma simulação de compra e venda de apartamento para “esquentar” dinheiro transportado por Edemar.
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