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Domingo, 26 de maio de 2024

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'Advogado ostentação' tem inscrição suspensa pela OAB após repercussão de postagens nas redes sociais

Foto: Reprodução

'Advogado ostentação' tem inscrição suspensa pela OAB após repercussão de postagens nas redes sociais
Conhecido por ostentar e defender casos de violência com grande repercussão, o advogado criminalista Marcus Vinicius Borges, de 37 anos, teve suspensa sua inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional de Cuiabá (OAB-MT), pela ostentação compartilhada em suas redes sociais. Ele foi notificado da suspensão no final da tarde desta quinta-feira (3). O art. 6º do provimento 205/2021 da OAB dispõe que “fica vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao exercício ou não da profissão”.


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Ao Olhar Jurídico, o defensor explicou que há informação nos autos dando prazo de 24 horas para que ele apagasse as fotos de sua rede social. Ele informou que já tirou as imagens de circulação.

Ele entrou no radar nacional após defender casos de violência com grande repercussão. O primeiro foi a defesa do apresentador de TV, Lucas Ferraz, condenado por agredir física e psicologicamente a namorada, Katrine Gomes.

Também é ele que defende Edgar Ricardo de Oliveira, autor do trágico episódio conhecido como “Chacina de Sinop”, responsável por ceifar a tiros a vida de sete pessoas que estavam em um bar de sinuca do município.

“Respeitarei a suspensão e utilizarei esse período para aperfeiçoar meu conhecimento, deixo claro que os clientes não serão prejudicados, pois temos outros profissionais no escritório que manterão o atendimento nesse período”, informou.

Ele ainda foi penalizado por participar de um clipe, que também foi citado nos autos. Afirmou que, em sua interpretação, isso estaria “rasgando a constituição”, já que ele estaria deixando de ter a seu favor direitos fundamentais fora da profissão.

Marcos chamou de equívoco o ato da OAB, afirmando que o judiciário deverá corrigi-lo. Expressou ainda sua tristeza, alfinetando o recente julgamento pelo Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do porte de drogas para uso particular.

Relembrou ainda que não recebeu apoio da classe quando foi vítima de tentativa de homicídio, ocorrida no dia 23 de março deste ano, quando dois criminosos invadiram seu escritório portanto armas de fogo, tendo lhe atingido com disparos. “Não recebi qualquer amparo do órgão, isso demonstra que alguns pontos precisam ser revistos”, reclamou.

“Isso não mancha uma história já concretizada e não vejo como um profissional ser bem sucedido prejudique a classe, na verdade em um entendimento pessoal me parece  até que existe um sentimento de inveja. Em tempo, agradeço o reconhecimento nacional que obtive com a minha profissão e a todas as pessoas que gostam de mim, inclusive a todas que tatuaram meu nome demonstrando que existe mais admiração por toda história que eu venho construindo, independente da ostentação”, finalizou.
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