Um cliente recorreu à Justiça para tentar receber de volta R$ 75 mil que foram pagos ao advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro do ano passado, por não ter concluído a sua defesa em um processo que tramita em Brasnorte.

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Na ação, Osvaldo Lizot relata que assinou um contrato de prestação de serviços com o advogado no valor de R$ 150 mil, sendo que a metade foi quitada após a assinatura do documento e a outra seria paga no encerramento do processo.

No entanto, o cliente alega que o contrato foi interrompido porque o "requerido faltou com a verdade" e que estaria "agindo com desonestidade" por pedir mais que o triplo do valor para depositado em juízo, a título de caução.

Ele queria que o advogado devolvesse os R$ 75 mil pagos porque não chegou a concluir os trabalhos, "uma vez que a rescisão do contrato ocorreu por sua culpa exclusiva".

Devido ao falecimento do advogado, foi solicitado a suspensão da ação. A juíza Melissa de Lima Araújo deferiu a petição determinando a suspensão no prazo de seis meses para que seja realizada a habilitação do espólio ou dos sucessores.

"Decorrido o prazo acima sem manifestação, determino seja realizada a intimação do espólio, sucessores ou herdeiros do autor, pelo Diário Oficial, para que se manifestem sobre o interesse na sucessão processual e promovam a habilitação, no prazo de 30 dias, sob pena de sob pena de extinção do processo sem resolução, conforme preceitua o art. 313, § 2º, II, do Código de Processo Civil", diz trecho da decisão proferida em abril.

O crime

Zampieri foi surpreendido pelo assassino quando saía do seu escritório de advocacia no bairro Bosque da Saúde, em dezembro. Ele foi atingido com diversos tiros ao entrar no seu veículo Fiat Toro.

O crime foi registrado por câmeras de segurança instaladas em prédios residenciais localizados em frente ao escritório de advocacia.