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Sábado, 27 de julho de 2024

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EXECUTADO NO SHOPPING POPULAR

"Meu marido saiu pra trabalhar e voltou morto”, lamenta esposa de funcionário que foi executado por engano

26 Jul 2024 - 16:31

Da Redação - Pedro Coutinho / Do Local - Luís Vinicius

Foto: Reprodução

"Meu marido saiu pra trabalhar e voltou morto”, lamentou a senhora Adriana durante a primeira audiência de instrução para ouvir testemunhas do assassinato de seu marido, Clayton de Oliveira Souza Paulino, executado em novembro de 2023, quando tinha 27 anos, no Shopping Popular, capital. Cleyton era funcionário de uma loja no centro comercial e foi alvejado por engano.


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Adriana é uma das 15 testemunhas que prestam depoimento nesta sexta-feira (26) perante à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, presidida pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira.

Cleyton foi assassinado por engano por Silvio Júnior Peixoto, que recebeu R$10 mil para matar Gersino Rosa dos Santos, o Nenê Games. Cleyton foi alvejado por estar próximo do alvo no momento do crime.

"Meu marido saiu pra trabalhar e voltou morto. A filha dele (Clayton) pergunta todos os dias dele pra mim", lamentou Adriana durante seu depoimento à Justiça.

Silvio confessou que pensou em desistir do crime, mas tomou fôlego e executou. Ele foi contratado por Jocilene Barreiro da Silva e Wanderlei Barreiro da Silva, mãe e filho, acusados de serem os mandantes do crime.

Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a “cabeça” de Nenê foi encomendada por motivos de vingança, pois ele teria ordenado o assassinato de Girlei Silva da Silva, de 31 anos, conhecido como Maranhão, que era filho de Jocilene e irmão de Wanderlei.

Silvio Júnior Peixoto, 26 anos, então, foi comprado por R$ 10 mil e invadiu o Shopping Popular, onde Nenê tinha uma loja, para vingar a morte de Maranhão. O atirador foi localizado em Uberlândia, Minas Gerais.

Durante as investigações, o delegado já havia adiantado que Silvio não era um executor assíduo, o que foi corroborado no depoimento que prestou hoje, afirmando que quase hesitou.

"Como vimos nas imagens, ele não é uma pessoa com segurança. Não é um executor assíduo, é a primeira vez que ele praticou esse tipo de crime e nas imagens da pra ver que ele ficou medo, quase desistiu de executar. Ele foi coaptado por um ou mais pessoas e agora a segunda fase da investigação vai fazer buscas pelos mandantes", ressaltou o delegado.
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