Domingo, nove de junho de 2013. Dia de luto e tristeza. Os mato-grossenses amanheceram o dia com a manchete: “Morre o jornalista Marcos Coutinho, fundador e diretor do Grupo Olhar Direto”. A morte do entusiasta e incentivador do bom jornalismo estampava a capa principal do grupo de comunicação online que criara.

Os celulares começaram a tocar antes de amanhecer o dia. Era a notícia que nenhum colaborador do Olhar Direto gostaria de receber. Mas, passado o primeiro choque, seus jornalistas passaram a fazer o que Coutinho mais cultivava: a notícia, não importando a hora, dia, momento ou em que situação ela acontecera. 

A repercussão da sua morte e as homenagens nas mais diversas formas que chegavam à redação do Olhar Direto foram se tornando notícias durante todo o domingo. Tantas foram, que a capa do Olhar Direto, durante a tarde, estava com 15 notícias sobre o triste fato.

Manifestações nas redes sociais, comentários nas notícias, artigos de opinião, ligações telefônicas, notas oficiais, entre outros contatos, foram fontes de reportagens. Ainda que, com o coração ‘apertado’ e olhos lacrimejados, os jornalistas do Olhar Direto não deixaram de escrever sobre a partida de seu líder e bem mais que um empregador: um amigo.

Nos cursos de Jornalismo, aprende-se que a notícia, geralmente, tem um ciclo de 48 horas. Coutinho foi sepultado e o ciclo de notícias sobre sua morte deve se encerrar em breve. Mas as boas lembranças de quem teve o prazer de conhecê-lo permearão para sempre suas memórias.