A família do vendedor ambulante Gilson Silva Alves, morto em uma operação da Polícia Civil no último dia 23, vai entrar com ação contra o Estado, por ter tido um membro da sua família morto equivocadamente por investigadores - servidores públicos. A viúva Joseane Carlos dos Santos, inclusive teria recebido a oferta de vários advogados interessados no caso, mas já elegeu um nome.

O escolhido já está trabalhando no caso e acompanhando os depoimentos nas delegacias e aguarda agora, a conclusão do laudo que revelará se Gilson tinha pólvora nas mãos. O resultado sai dentro de aproximadamente sete dias e pode revelar se o vendedor foi ou não o autor dos tiros que mataram o investigador da PJC Edson Leite.

Ainda emotivos com toda a ocorrência, a família revelou também à reportagem que deseja que a delegada Ana Cristina Feldner - responsável pelo inquérito policial do caso de espancamento no shopping Goiabeiras – assuma o caso. “É uma pessoa justa e em todos os trabalhos de investigação sempre se mostrou muito íntegra”, relata uma das irmãs do vendedor.

Ela afirma ainda que a preferência não seja referente a nenhum posicionamento contra a atual responsável pelo caso, Sílvia Pauluzzi, lotada na Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). “É apenas que ela foi uma das pessoas que mais comentaram com a gente sobre resolução dos casos”, afirma.

Paulo Anunciação Alves, outro irmão, revelou que do momento em que o irmão foi acusado por roubo até o dia em que ele foi inocentado, nenhum membro da polícia procurou a família para prestar esclarecimento sobre os fatos. “Nem a carteira dele que já teria sido achado foi devolvida, sumiu tudo”, esclarece indignado.