Familiares e amigos de Ângela Cristina Peixoto da Silva, morta brutalmente aos 32 anos, em novembro, vítima de 24 facadas, estão em peso neste momento no Fórum da Capital participando da primeira audiência de instrução do processo que busca responsabilizar os culpados pelo assassinato da empresária.

Irmã da vítima, Angélica Maria Peixoto, 37, disse que a família está esperando justiça e acredita que Ângela tenha descoberto algo muito grave a respeito do marido, que, por causa disso, decidiu matá-la.

“A família toda se decepcionou. Ele [Damião, marido da vítima e acusado do crime] foi criado como um filho. Ninguém aceita por que ele fez isso com ela”, desabafou Angélica no Fórum de Cuiabá.

A família da vítima está sendo assessorada juridicamente pelo advogado Luciano Augusto Neves. A expectativa de hoje, afirmou o advogado, é finalmente descobrir a razão do assassinato de Ângela, julgamento que conta com cinco réus: o marido Damião Rezende, 33 anos; os executores confessos Daniel Paredes Ferreira, 22, e Maycon José Cardoso, 23; e dois outros rapazes que teriam agido como intermediários entre os executores e Damião, identificados como Eduardo Bezerra dos Santos e Cleber Azevedo dos Santos.

Ângela foi morta na madrugada do dia 16 de novembro. Ela foi rendida na casa em que vivia com Damião e a filha de 8 anos. Os executores a abordaram intimidando-a com facas, amarraram-na com um cadarço e a esfaquearam 24 vezes (número confirmado por laudo de necropsia; antes, a contagem era de 17 golpes). Damião teria entregado à dupla um controle remoto do portão da casa e aguardado a execução dentro do carro, escutando música, enquanto a filha dormia num quarto da casa.

Atualizada às 10h58 / Segunda atualização às 11h19