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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Castelo de Areia

Preso por golpe, João Emanuel alega que prestava assessoria jurídica a empresa; GCCO encontra 4 novas vítimas

Foto: Reprodução/Wesley Santiago/OlharDireto

Preso por golpe, João Emanuel alega que prestava assessoria jurídica a empresa; GCCO encontra 4 novas vítimas
O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, João Emanuel, negou que tenha cometido qualquer ato ilícito e que prestava apenas assessoria jurídica à empresa Soy. O ex-vereador foi preso durante a operação ‘Castelo de Areia’, deflagrada na sexta-feira (26), pela Polícia Judiciária Civil. Ele prestou depoimento nesta terça-feira (30), na sede da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado). Outras quatro novas vítimas foram identificadas.


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Conforme as informações do GCCO, foram feitas cerca de 30 perguntas ao ex-vereador que preferiu permanecer em silêncio durante todas elas. Ele estava acompanhado do seu advogado e de um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Após o depoimento, ele conversou com a reportagem do Olhar Direto.
 
“Estávamos em uma atividade de advocacia lícita, tínhamos contrato com a empresa e vinculamos isto junto às investigações. Acreditamos que após a apreciação destes documentos poderemos esclarecer esta situação um pouco melhor”, disse o ex-vereador. Sobre a participação de um falso chinês no crime, ele disse que há questões que não podem ser comentadas por força de contrato e que o fará às autoridades se tiver a permissão da OAB.
 
O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá ainda revelou que foram feitos questionamentos em relação a valores e somas e voltou a alegar que “o que fazíamos era analisar os contratos, assim como todo advogado faz. Prestávamos pareceres jurídicos, acompanhamento de procedimentos e processos que já estavam em andamento dentro e fora da comarca”. O delegado da GCCO, Diogo Santana, foi quem conduziu o interrogatório.
 
O ex-vereador ainda falou da cirurgia a qual foi submetido: “Passei por uma cirurgia de varicocele testicular (dilatação das veias presentes dentro do escroto) e também a ranca do epidídimo (vasectomia). Estou em casa para que haja uma recuperação com uma salubridade mínima e esperamos que tudo seja esclarecido”. João Emanuel caminhava com muita dificuldade e sempre apoiado em seu advogado.
 
“Temos a convicção da nossa inocência. Advogávamos para uma empresa e isto não é crime. Tenho como provar e é isto que vou fazer. A relação com os outros presos era estritamente profissional”, finalizou o ex-vereador, que deixou a sede do GCCO e retornou para sua casa, onde permanece em prisão domiciliar. O desembargador Pedro Sakamoto não determinou nenhum tipo de monitoramento ao investigado na operação ‘Castelo de Areia’, por isso ele está sem tornozeleira eletrônica e qualquer tipo de escolta.
 
Novas vítimas
 
Conforme apurou o Olhar Direto, de ontem (29) para hoje (30) quatro novas vítimas procuraram a delegacia. Elas alegam que também foram vítimas da quadrilha. Além disto, muitos outros já telefonaram para a sede da GCCO dizendo ter reconhecido os envolvidos. Todos devem ser ouvidos nos próximos dias.
 
Castelo de Areia
 
A Polícia Civil deflagrou na manhã de sexta-feira (26) a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos, está o ex-vereador e presidente da  Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. Ele foi preso na mesma manhã, na sede de um hospital particular da Capital, de acordo com a Polícia Civil.
 
“De acordo com uma das vítimas, o João Emanuel teria até traduzido a fala do falso chinês, fazendo uma verdadeira farsa. Um intérprete que não entende direito mandarim. O esquema era muito bem montado, tinham um escritório na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA) que transmitia segurança e fazia com que as vítimas caíssem no golpe”, disse o delegado Luiz Henrique Damasceno, durante entrevista coletiva na sexta-feira.
 
Foram decretadas as prisões de Shirlei Aparecida Matsuoka; Walter Dias Magalhães Júnior(marido de Shirlei); João Emanuel Moreira Lima, ex-presidente da Câmara de Cuiabá; Evandro Goulart e Marcelo de Melo Costa (ex-candidato a deputado federal).
 
As investigações apontaram que Walter Dias Magalhães Júnior seria o chefe do esquema. As ordens de prisão e buscas são da Vara do Crime Organizado e cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães.
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