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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Preso em operação

Apontado como maior golpista de MT, sócio de João Emanuel tenta acordo de delação premiada

Foto: Reprodução/PJC

Walter Dias e a esposa foram presos na operação Castelo de Areia

Walter Dias e a esposa foram presos na operação Castelo de Areia

O empresário Walter Dias Magalhães,40 anos, apontado pela polícia como um dos maiores golpistas do Estado, está tentando conseguir um acordo de delação premiada com a GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado). Para isso, o sócio do ex-vereador, João Emanuel, prometeu entregar ‘esquemas’ que seriam feitos em todo o Estado. Porém, pelo menos por enquanto, a polícia disse ainda não ter recebido nada de útil do acusado, que prestou novo depoimento.


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O delegado da GCCO, Flavio Stringueta, disse ao Olhar Direto que “até o momento, apenas foi feito um interrogatório de confissão/delação e que ainda não se trata de delação premiada. Estamos em conversações. Ele [Walter] ainda não nos disse nada que merecesse a delação premiada. Quem tem interesse maior neste momento é ele”.
 
Durante o primeiro depoimento, Walter alegou ter patrimônio suficiente e total interesse de ressarcir as vitimas prejudicadas no esquema. Com um salário de R$ 9 mil por mês na Soy Group, ele apresentou um terreno no valor de R$ 32 milhões, localizado na avenida do CPA (Historiador Rubens de Mendonça), que poderia ser utilizado.
 
Walter Dias Magalhães ainda confirmou que já foi indiciado por estelionato, mas que nunca foi condenado por tal crime. O empresário e a esposa, Shirlei Aparecida Matsucka, respondem a outros dois inquéritos por supostos golpes cometidos da mesma forma contra outras três pessoas em Mato Grosso, segundo a polícia.
 
As investigações da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande apontam que o casal teria cometido crimes de estelionato, apropriação indébita e associação criminosa. O dinheiro dos golpes seria utilizado pelo casal para comprar carros de luxo e outras aquisições que ainda estão sob investigação. Por fim, é dito que Walter é um dos maiores estelionatários do estado e tem dezenas de boletins de ocorrência registrados contra ele, por vítimas de diferentes regiões de Mato Grosso.
 
Sócio de João Emanuel
 
Em seu depoimento, o empresário disse que foi procurado por João Emanuel em janeiro de 2015. Como ele não estava conseguindo dar baixa na empresa ABC Shares, o ex-vereador disse que poderia auxiliá-lo e conseguiu resolver o problema em apenas um dia, por isso ganhou a confiança de Walter.
 
Por conta disto, Walter convidou João Emanuel para ser vice-presidente da Soy Group. Desta maneira, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá também levou o pai Irênio Lima Fernando, que é juiz aposentado e o irmão Lázaro Roberto Moreira Lima. O primeiro atuou  como chefe de operação, enquanto que o segundo seria o diretor jurídico da empresa.
 
João Emanuel seria o CEO - Chief Executive Officer, que seria um diretor executivo da empresa -. Meses depois, Walter afirmou ter sido apresentado a Mauro Chen, que seria o falso chinês utilizado para dar maior credibilidade ao esquema, segundo as investigações da GCCO. O ex-vereador teria, inclusive, fingido traduzir o que Chen dizia em mandarim.
 
Castelo de Areia
 
A Polícia Civil deflagrou, na manhã do dia 26 de agosto, a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos, segundo a investigação, está o ex presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. Ele já foi preso na sede de um hospital particular da Capital, de acordo com a Polícia Civil.
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