O prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), determinou o cancelamento das licitações dos três lotes referentes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) realizados na cidade. O decreto foi assinado pelo chefe do Executivo municipal, ontem, e determina que a Secretaria de Obras tem o prazo de 48 horas para levantar as obras emergenciais necessárias para que a população não sofra prejuízo.

A decisão de Domingos diz respeito as investigações e denúncias do Ministério Público Federal (MPF) de suspostas fraudes em licitações do PAC envolvendo empreiteiros e agentes públicos, que culminou na Operação Pacenas, da Polícia Federal, levando 11 pessoas à prisão. As irregularidades também foram apontadas nas licitações em Várzea Grande, sendo que dois servidores municipais continuavam presos até o início da noite de hoje.

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Consta ainda no decreto, que a continuidade das obras será dada com o aval do juiz federal Julier Sebastião da Silva, da Primeira Vara Federal, responsável por decretar as prisões e por bloquear os recursos do PAC de Cuiabá e Várzea Grande, até que todas as irregularidades sejam sanadas.

A Procuradoria do Município emitiu parecer favorável pelo cancelamento das licitações. O coordenador das obras em Várzea Grande, Jefferson Missias, também diretor do Departamento de Água e Esgoto (Dae), disse ao site Olhar Direto que as medidas para que as obras não continuem paralisadas serão definidas durante reunião com o procurador do MPF, Mário Lúcio Avelar, agendada para as 14h30 desta terça-feira (19), juntamente com o prefeito Murilo Domingos.

Ele avaliou que não está descartada a idéia de seguir os mesmos passos do prefeito da capital, Wilson Santos (PSDB), que sugeriu o comando do Exército nas obras. “Não estamos descartando nenhuma idéia. Mas devemos resolver essa questão, após a audiência”, declarou Missias.