O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), um dos defensores da aliança governista com juíza aposentada Selma Arruda (PSL), não quis se posicionar sobre o mal-estar entre tucanos provocado por recentes declarações da pré-candidata ao Senado. Selma afirmou que seus eleitores não são obrigados a votar nos outros membros da chapa, ou seja, Pedro Taques (PSDB) e Nilson Leitão (PSDB). 

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Ao ser questionado pela imprensa durante um evento ocorrido na Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), na tarde desta segunda-feira (30), Wilson Santos não defendeu a magistrada aposentada e nem a sua candidatura, como vinha fazendo com frequência, mas também não a criticou. O tucano limitou-se falar apenas sobre logística e transporte, assunto que estava sendo discutido no local.

“Não vou comentar isso por que hoje a coletiva é sobre ferrovia”, disse a jornalistas, após afirmar que não iria dar entrevistas nem mesmo no fim do evento.

A juíza Selma Arruda foi incluída oficialmente na chapa de Pedro Taques, ao lado do deputado federal Nilson Leitão, na semana passada em um evento ocorrido na sede do PSDB, em Cuiabá. O acordo entre os dois partidos foi costurado pelo próprio Taques com o presidente do PSL em Mato Grosso, Victório Galli.

Durante o evento, era perceptível o desconforto de Leitão, principalmente quando era questionado por jornalistas sobre o nome da juíza aposentada estar melhor posicionado em pesquisas divulgadas até então.

A harmonia na aliança aparentemente permaneceu apenas um dia, por conta do vídeo publicado pela magistrada aposentada. Até o momento, o PSDB não se posicionou oficialmente sobre a questão, mas nos bastidores é visível a irritação de uma ala do partido.

Apesar de o acordo entre as siglas estar apalavrado, o martelo será batido somente no próximo sábado (4), dia em que acontecem as duas convenções.