Terminou o inquérito administrativo que apurava a situação da advogada Poliana Assunção Ferreira junto à Câmara Municipal de Barra do Garças (500 km de Cuiabá). Ela foi demitida, segundo a comissão, porque não ter trabalhado no período de agosto a dezembro de 2012, logo após ser aprovada em concurso público. 

O processo administrativo aponta que Poliana não estava cumprindo a carga horária mínima de 4 horas diárias e sem dar uma justificativa plausível dos dias de ausência nos meses citados.

A comissão apurou que o vereador Júlio César (PSDB), na época presidente do legislativo barra-garcense, teria pleno conhecimento de que Poliana não cumpria o horário de trabalho, tendo sido inclusive oficializado pelo legislativo, e mesmo diante da irregularidade, não tomou nenhuma providência. Esse fato pode render um processo para Júlio César futuramente.

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O inquérito administrativo concluiu que a advogada recebeu o subsídio mensal nos meses de agosto a dezembro sem ter dado a contrapartida do trabalho. A comissão sugere que o processo seja encaminhado ao Ministério Público para pedir a restituição do erário público, bem como a responsabilidade civil e criminal dos envolvidos.

Em sua defesa, durante o processo, a advogada contesta as irregularidades e chegou a mover um processo de assédio moral que ela estaria sofrendo por parte do legislativo. Poliana reclamou que não recebeu os proventos a partir de janeiro quando mudou a direção da Câmara, todavia a suspensão do ordenado foi em função da denúncia de irregularidade que chegou ao conhecimeto da nova mesa diretora do legislativo. 

A reportagem entrou em contato com o escritório Casella, Farias e Rodrigues Advogados onde trabalha Poliana e foi dada a informação que ela está viajando. No semestre passado, o esposo de Poliana, o também advogado Daniel Casella foi afastado da prefeitura de Barra por também não trabalhar e suspeita de irregularidade no concurso público. Ele recorreu e a tendência é que ela também venha a recorrer desta decisão.

O inquérito administrativo foi concluído dia 23 de julho. A reportagem tentou entrar em contato com a advogada Poliana na tarde de terça-feira (6), mas sem sucesso.

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