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Domingo, 28 de abril de 2024

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CONTRATAÇÃO IRREGULAR

TJ nega foro privilegiado e ex-prefeito de Primavera responde por improbidade administrativa

Foto: Reprodução

TJ nega foro privilegiado e ex-prefeito de Primavera responde por improbidade administrativa
A Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) não acatou a tese de foro privilegiado e negou o recurso do ex-prefeito de Primavera do Leste Getúlio Viana (PDT), que responde à uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

Viana foi acionado por irregularidades em licitação para contratação de serviços de jardinagem, construção de malha viária, de meio fio e galeria de águas pluviais. O ex-gestor tentava buscar respaldo no TJ para barrar a tramitação do processo em Primeira Instância.

A ação pode resultar na suspensão dos direitos políticos do ex-prefeito, ressarcimento ao erário, proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de até dez anos conforme a gravidade do caso.

No recurso o ex-prefeito afirmou ter foro privilegiado e que, portanto, o juízo de Primeiro Grau seria incompetente para processá-lo e julgá-lo. Ele também sustentava falta de fundamentação da decisão interlocutória, que recebeu a ação de improbidade administrativa, alegando que a decisão seria nula. No mérito sustentou que não ficou comprovado dolo ou má fé em sua conduta, por isso não estaria caracterizada a prática de improbidade.

Quanto à tese da falta de fundamentação da decisão de Primeira Instância e falta de comprovação de dolo, a magistrada lembrou de entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de que a assinatura do ex-prefeito em contratos tidos como irregulares já configura indícios suficientes de atos de improbidade e requisito para o recebimento da ação.

A relatora do Agravo de Instrumento, juíza convocada Helena Maria Bezerra Ramos, pontuou que já é questão pacificada nos tribunais superiores a não existência de foro privilegiado por prerrogativa de função em ação de improbidade administrativa, bem como em inquérito civil para apurar a suposta prática. Os demais integrantes da Câmara, desembargadores José Zuquim Nogueira e Luiz Carlos da Costa também tiveram o mesmo entendimento.

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