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Sábado, 27 de abril de 2024

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Prado diz que pedido de afastamento é oportunista e desafia Ong a provarem que ele está sendo indiciado

Prado diz que pedido de afastamento é oportunista e desafia Ong a provarem que ele está sendo indiciado
O procurador geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, classificou como oportunista e sem qualquer amparo jurídico o requerimento protocolizado junto ao Colégio de Procuradores do Ministério Público de Mato Grosso, na tarde desta quarta-feira (4), pelo Movimento Organizado pela Moralidade e Cidadania (ONG MORAL). Na nota o procurador ainda desafia as Ongs a provarem que ele está sendo indiciado.

Prado afirmou estar tranquilo e esclareceu que, ao contrário do afirmam os integrantes da referida Ong, não está sendo investigado ou indiciado. “Eu desafio a Ong Moral a apresentar a certidão que comprove que estou sendo indiciado. Esse pedido falece de qualquer amparo jurídico. É uma verdadeira aberração jurídica”, ressaltou o procurador-geral de Justiça.

Ongs pedem afastamento de Paulo Prado da Procuradoria Geral de Justiça por suposta 'conduta criminosa'

No requerimento protocolizado pela Ong, ela alega que a permanência de Prado à frente do Ministério Público fragiliza a imagem desta instituição, pois não há como o MPE ostentar sua função de defesa da ordem jurídica, notadamente de princípios como o da moralidade e da legalidade tendo à frente o procurador investigado na Ararath e com ‘suspeita de pratica criminosa’.

Prado e o promotor do Gaeco, Marcos Regenold, são alvos de investigação no inquérito instaurado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que desencadeou a quinta fase da Operação Ararath, pela Polícia Federal. Regenold já foi afastado das funções.

Consta do inquérito da PGR que o ex-secretário de Estado, Éder Moares, citado como o articulador de esquema de lavagem de dinheiro em instituições financeiras clandestinas, matinha ‘relações espúrias’ com o membro do Ministério Público Estadual para tumultuar a investigação da Polícia Federal.

Segundo a ação, Éder teria por pelo menos duas vezes ‘procurado se articular com o Regenold, membro do Gaeco, para obter proteção contra as investidas investigatórias da instância federal a seu desfavor’, tudo com devida anuência e conhecimento do procurador Paulo Prado, como aponta ofício do procurador à Polícia Federal dando ciência de que Moraes havia procurado o MPE e que Regenold seria o promotor designado para acompanhar o caso dele.

Consta ainda do inquérito que ao perceber os rumos da primeira fase da Operação Ararath, o ex-secretário teria juntamente com o promotor, simulado a condição de colaborador da Polícia Federal, para proteger-se das investidas investigatórias e receber informações privilegiadas.

Conforme o MPF, em um diálogo com o promotor durante curso das buscas e apreensões em uma das fases da Ararath, Éder ‘parece cobrar do membro do MP, explicação sobre o motivo da medida e parece tentar coordenar-se sobre a presença de prova documental no local’. Na sequência, por meio de mensagem de texto via SMS, segundo a ação, Regenold dá claros sinais de estar atuando junto ao Ministério Público Federal e ao departamento de Polícia Federal em favor de Eder e sinaliza com depoimento que este prestaria ao Ministério Público.

“Diante desse contexto, a realização de busca e apreensão de documentos, registros ou escritos que contenham dados relativos aos fatos narrados, mesmo que por meio virtual, se faz necessária que possa elucidar não só a natureza, como a extensão e o propósito dessas relações que o investigado mantém com Éder Morares”, consta da ação.

Ainda na ação, fica demonstrado que Éder, sugere se apresentar à Polícia Federal como ‘colaborador premiado’ e não como delator, ‘já que tinha pretensões políticas nas eleições de 2014 e a pecha de delator não lhe cairia bem’. Outro ponto elencado é que Éder chegou a entregar documentos velhos e sem importância à PF , ‘para tumultuar e mudar o foco das investigações’, sempre por intermédio do membro do MPE.

Apoio a Prado

Vinte e um promotores de Justiça compareceram nesta tarde à sede da Procuradoria Geral de Justiça e fizeram questão de prestar apoio à sua gestão. São eles :

Vivien Thomaz Ility – Promotora de Justiça
Márcio Florestan Berestinas - Promotor de Justiça
Mauro Benedito Pouso Curvo - Promotor de Justiça
Gilberto Gomes - Promotor de Justiça
José Antônio Borges Pereira - Promotor de Justiça
Roberto Aparecido Turim - Promotor de Justiça
Sérgio Silva da Costa - Promotor de Justiça
Célio Joubert Fúrio - Promotor de Justiça
Wagner Cézar Fachone - Promotor de Justiça
Miguel Slhessarenko – Promotor de Justiça e Presidente da Associação dos Membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso
Arnaldo Justino Silva - Promotor de Justiça
Marco Aurélio de Castro - Promotor de Justiça
Samuel Frungilo - Promotor de Justiça
Clóvis de Almeida Júnior - Promotor de Justiça
Allan Sidney do O souza - Promotor de Justiça
Lindinalva Rodrigues - Promotora de Justiça
Adriano Augusto Streicher Souza - Promotor de Justiça
Almir Tadeu Arruda Guimarães - Promotor de Justiça
Luciano Martinez Viruel - Promotor de Justiça
Luciano Freiria de Oliveira - Promotor de Justiça


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