“Maior sacanagem que já vi”. Assim definiu o governador Silval Barbosa (PMDB) sobre ter R$ 155 mil indisponibilizados pela Justiça devido a suspeita de ter participado de um suposto esquema de créditos tributários fictícios ao Grupo JBS de frigoríficos. O peemedebista afirma ter sido praticamente condenado sem ter tido direito a defesa, um dos elementos indispensáveis para um Estado Democrático de Direito.

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“Tomei ciência pelos jornais. Não fui ouvido. Nem eu, nem os secretários, nem a empresa. E esse é um incentivo (fiscal) dado para uma cadeia (produtiva), não individual”, comentou o governador, na tarde desta segunda-feira (27/10). De acordo com ele, até quarta-feira (29/10) a sua defesa, patrocinada pelo advogado Valber Mello, deverá impetrar uma contestação.

Além de Silval Barbosa, o juiz Bertolucci autorizou o bloqueio das contas bancárias e aplicações financeiras dos secretários de Fazenda Marcel Souza de Cursi e da Casa Civil, Pedro Jamil Nadaf, além do diretor do MT PAR Edmilson José dos Santos, do economista Valdir Aparecido Boni e da empresa JBS.

Silval teve a segunda menor quantia bloqueada por ordem judicial, com R$ 155 mil indisponibilizados por determinação  do juiz Luís Aparecido Bertolucci Júnior, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular,  ao conceder liminar atendendo a pedido do MInistério Público Estadual. Já na conta do secretário de Fazenda Marcel de Cursi foi bloqueado o montante de R$ 1,6 milhão. Já o grupo JBS teve mais de R$ 73 milhões indisponibilizados. A Justiça também autorizou uma devassa nas contas de todos os investigados para avaliar o crescimento patrimonial de todos eles.