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Sábado, 27 de abril de 2024

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Ministério Público tenta impedir remoção de patrimônio cultural para avanço do VLT

Foto: Reprodução

Ministério Público tenta impedir remoção de patrimônio cultural para avanço do VLT
O Ministério Público Estadual ingressou um pedido em caráter liminar com o objetivo de proibir que o Consórcio VLT remova a Ponte de Ferro e suas fundações originais para o avanço das obras do Veículo Leve Sobre Trilhos. A ponte de Ferro é uma construção tombada desde 1994 e, para o MP, é preciso que as Secretarias de Cultura do Estado e de Cuiabá autorizem a destruição do patrimônio.

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Entre a argumentação do Ministério Público está calcada em que a intervenção não pesa a preservação arquitetônica e cultural, além da história local. O Governo tem 72 horas para se manifestar a respeito do pedido do Ministério Púbico, conforme determinou o juiz Rodrigo Curvo.

A remoção da Ponte de Ferro possibilitaria a ampliação da ponte sobre o Rio Coxipó para a intersecção das avenidas Beira Rio e Fernando Corrêa, como prevê o projeto do VLT. Com a proibição, seria necessária uma adaptação ou abortar a obra.

Apesar da atual ação do Ministério Público, a Mauricio Guimarães, secretário Extraordinário da Copa do Mundo, já deu garantias de que a Ponte de Ferro será preservada. Em 2012, vários manifestações foram feitas pela manutenção do patrimônio histórico e, em julho de 2013, a Secopa selou um acordo pela ponte com a Secretaria de Estado de Cultura.

História

A Ponte de Ferro foi importada da França, adotando o sistema construtivo Eiffel, com 54 metros de comprimento por 4,20 metros de largura, assentada sobre pilares de pedra canga, cimento e alvenaria, sendo a primeira no gênero a ser construída em Cuiabá.

Na época de 1984, artistas intelectuais e a população manifestaram-se com firmeza e determinação, do mais humilde em recursos financeiros da cidade, até a mais importante autoridade à manutenção da heroica ponte. Período que já era discutido seu sacrifício para erguer uma nova e moderna ponte e por isso determinou-se o tombamento para preservá-la.

Em 1995, a ponte foi destruída e arrastada por uma enchente e no ano seguinte recebeu uma revitalização que custou ao Governo Estadual um recurso em torno de R$ 300 mil. Foi utilizado 90% do material original que estava retorcido após o incidente
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