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Domingo, 28 de abril de 2024

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Problema fundiário de 30 anos é solucionado na Justiça Comunitária

Problema fundiário de 30 anos é solucionado na Justiça Comunitária
Um total de 500 proprietários de imóveis do Bairro Osmar Cabral, de Cuiabá, receberão os títulos definitivos de seus lotes após 30 anos de batalha judicial para regularizar a situação fundiária. A solução desse problema de três décadas contou com ação direta da Justiça Comunitária, que atuou junto aos órgãos dos Poderes Executivo e Legislativo. A estimativa é que cinco mil pessoas sejam beneficiadas com a medida, considerando familiares e herdeiros beneficiados com a regularização dos terrenos. Em muitos destes lotes mora mais de uma família.

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A Justiça Comunitária é um programa do Poder Judiciário voltado para atender o cidadão em sua comunidade. Funciona como elo entre o cidadão e os órgãos públicos, levando informações, facilitando o acesso aos serviços públicos e solucionando problemas comuns a um grupo de pessoas ou a uma comunidade.

“Funcionamos promovendo o exercício da cidadania e também com o que chamamos de animação de rede. Consiste em promover reuniões com a comunidade, sentar e conversar com eles, sentir quais são as suas maiores necessidades, quais as urgências daquelas famílias. A partir daí fazemos um encontro dos atores, ou seja, os órgãos públicos que podem solucionar aquelas questões”, disse a coordenadora do programa Justiça Comunitária, juíza Gleide Bispo Santos.

De acordo com informações da assessoria de imprensa, após detectar que a maior demanda do bairro Osmar Cabral era a regularização fundiária, a magistrada se reuniu com lideranças da Assembleia Legislativa e do Poder Executivo Estadual. Descobriu-se que a regularização não era efetivada porque esta área estava atrelada ao mesmo processo de outra localidade vizinha, cuja solução demandava providências distintas.

Optou-se pelo desmembramento do processo, a fim de permitir a expedição dos documentos e a regularização dos lotes do bairro Osmar Cabral. A área em questão pertencia à antiga Prosol (órgão do governo estadual voltado para a promoção social).

“O canal de acesso a alguns órgãos públicos é difícil para o cidadão mais humilde, que não tem informação. Muitas vezes a solução não é complicada, basta que alguém com informações suficientes interceda por eles. Outras vezes basta um pouco de orientação com a linguagem adequada para se fazer entender. E é isso que a Justiça Comunitária faz”, explicou a juíza Gleide Bispo.
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