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Domingo, 28 de abril de 2024

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depois de noite de festa

Justiça nega pedido de liberdade a mulher que atirou em rosto de policial militar

Foto: Defensoria Pública de MT

Justiça nega pedido de liberdade a mulher que atirou em rosto de policial militar
A juíza Maria Aparecida Ferreira Fago, da 12ª Vara Criminal, negou pedido de revogação da prisão da servidora pública, Ellen Gonçalves Santana, presa desde 7 de abril, após atirar contra o rosto do seu companheiro, o cabo da Polícia Militar Alexsandro Martins de Oliveira, de 38 anos. O Ministério Público Estadual também foi contrário ao deferimento da defesa de Santana.

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A ocorrência policial foi registrada na casa de familiares do policial depois de uma noite de festa. Detida em flagrante, inicialmente, Ellen declarou que seu companheiro havia tentado suicídio. Posteriormente, em depoimento ao delegado Celso Renda afirmou que o disparo foi acidental.

“O que se tem notícia, na verdade, sem nenhum documento oficial comprobatório, é que o ofendido, ao delegado de Polícia da DHPP, por meio de carta, já que não consegue falar e se comunica apenas por escrito, confirmou que o tiro foi desfechado pela detida. E, segundo narrado por sua irmã Rosemeire, na carta, “Ele contou que a Ellen pegou a arma em cima da geladeira, onde ele havia guardado. Depois de algumas horas, quando ele foi recolher o lixo para fora, se deparou com ela apontando a arma para ele”. Acrescenta que ele confirmou, “ainda na carta, que pediu para que Ellen não atirasse, mas ela acabou atirando”.

A magistrada cita ainda que estão preenchidos os requisitos primordiais (prova da existência do crime e indício suficiente de autoria).

“Vale realçar, sem qualquer análise mais profunda, por não ser este o momento oportuno e para evitar qualquer antecipação de julgamento, que o suposto crime foi cometido pela acusada, na residência da genitora de seu convivente e vítima, quando ambos estavam sozinhos, sendo que, no seu primeiro relato, ela disse que ele tentara contra a sua própria vida, dando um tiro na cabeça. Posteriormente, por ocasião de seu interrogatório, garantiu à Autoridade Policial que, ao ser chamada pelo ofendido, “de imediato se levantou, apanhou a bolsa que havia deixado em cima da mesa e, como de costume, segurou na arma para retirá-la da bolsa e entregá-la à vítima da mesma maneira como sempre costuma fazê-lo, instante em que ao retirar a arma da bolsa e direcioná-la para entregar pra vítma a mesma veio a disparar e a atingir a vítima;...”.

O policial permanece internado em uma unidade hospitalar de Cuiabá após ser submetido à intervenção cirúrgica. Ellen, que foi detida em flagrante e na sequência prisão preventiva decretada, encontra-se na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
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